D. José Cordeiro fala em entusiasmo «contagiante», que «ultrapassou expectativas»
Braga, 28 fev 2023 (Ecclesia) – As universidades de Braga receberam hoje os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que percorrem o território da arquidiocese minhota, promovendo o encontro deste ano, em Lisboa.
“De surpresa em surpresa, esta peregrinação da cruz e do ícone mariano tem sido contagiante”, disse à Agência ECCLESIA D. José Cordeiro, arcebispo primaz.
O responsável católico destacou o impacto desta peregrinação no “meio académico”, partilhando a “alegria da verdade”.
“O amor é contagiante, o amor com a forma de cruz vai ao encontro de todas as realidades. Nas universidades estão homens e mulheres, sobretudo jovens, à procura do sentido da vida, do mistério da sua própria existência, à procura da verdade”, acrescentou.
O arcebispo de Braga sublinha que “o Evangelho é para todos”, cruzando todas as realidades, da festa ao sofrimento humano.
“A identidade da Igreja, a sua cidadania, é no meio das pessoas” insistiu.
Na reta final da peregrinação dos símbolos da JMJ pelo território arquidiocesano, D. José Cordeiro destaca o “entusiasmo” das comunidades e instituições visitadas, que “ultrapassou as expectativas”.
O Centro Regional da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Universidade do Minho e o campus de Barcelos do IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e Ave foram paragens desta segunda-feira.
“Este é um dia importante para as Academias, de forma a suscitar alguma curiosidade nos universitários” sobre a JMJ, disse aos jornalistas o padre Eduardo Duque, diretor do Centro Pastoral Universitário da Arquidiocese de Braga.
“Corremos o sério risco de ver um conjunto de notícias, todos os dias, nos telejornais, sobre a JMJ, que são tudo menos aquilo que interessa, de facto”, acrescentou.
Para o sacerdote, a JMJ que Portugal recebe este ano, pela primeira vez, é “o rosto de uma Igreja viva, o rosto de uma Igreja que é Jesus Cristo”.
Os jovens, acrescentou, esperam “autenticidade, exemplaridade, competência, corresponsabilidade e solidez cultural”.
“A Igreja que os jovens querem é uma Igreja próxima deles”, sustentou o padre Eduardo Duque, para quem é fundamental oferecer uma “experiência autêntica” de Jesus.
“Se eles encontram mediocridade na Igreja, os jovens afastam-se”, advertiu.A Pastoral Universitária da Arquidiocese de Braga qui proporcionar aos jovens universitários a oportunidade de “sentir o espírito de alegria e comunhão que será vivido, em agosto deste ano, na JMJ em Lisboa, motivando-os a querer viver esse acontecimento com entusiasmo”, indica uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
João Duque, pró-reitor da UCP, considera que a universidade é um ambiente onde esta passagem faz “muito sentido”, sensibilizando os jovens para a JMJ 2023 e o papel da juventude “no futuro do planeta”.
“Sentimo-nos duplamente felizes por este acolhimento”, disse aos jornalistas.
O responsável saudou a “onda” que se criou na Arquidiocese, com a passagem dos símbolos, numa “fase difícil” na vida da Igreja Católica.
A presença de mais de 1 milhão de jovens, em Lisboa, é vista por João Duque como um sinal de “grande esperança”.
A Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ estão a peregrinar pelas dioceses portuguesas desde novembro de 2021, rumo à JMJ Lisboa 2023.
Depois da passagem pela UCP, os símbolos chegaram ao campus de Gualtar da Universidade do Minho.
Laura Cainé, estudante do sexto ano de Medicina, disse à Agência ECCLESIA que esta tem sido uma “longa caminhada”, organizada por um grupo com cerca de dez pessoas está a preparar algumas atividades, rumo à JMJ 2023.
“É um momento aberto a todos, o objetivo é simbolizar a união entre povos, sem descartar ninguém”, precisou.
O programa encerra-se no Centro Pastoral Universitário de Braga, com a Eucaristia, presidida pelo arcebispo primaz, D. José Cordeiro, animada pela ‘Tun´ao Minho’, com a presença de alunos, professores e colaboradores das diferentes academias de Braga.
A esta celebração segue-se um jantar convívio, animado pela atuação de diferentes tunas académicas.
A cruz e o ícone mariano, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, chegaram este domingo à cidade de Braga, em um grande momento de festa, depois de percorrem os outros 13 arciprestados da arquidiocese, onde permanecem até sexta-feira, seguindo depois para Aveiro.
HM/OC
Noticia atualizada às 20h20