Iniciativa acontece, pela primeira vez a 15 de agosto, para marcar a lenda que “une” os sete santuários marianos
Braga, 10 ago 2022 (Ecclesia) – O padre Rui Araújo, pároco de Arco de Baúlhe na Arquidiocese de Braga, destacou o regresso da tradição do encontro de sete imagens de Nossa Senhora, a 15 de agosto, que “une” os santuários marianos.
“A iniciativa nasce de uma lenda em que a Nossa Senhora dos Remédios devia ser transportada ao ponto mais alto da freguesia para avistar as suas ‘seis irmãs’ mas mais que a ligação terrena é a ligação entre os santuários, quase celestial, em que traçados os santuário formam uma ursa maior, uma ligação marcadamente celestial”, disse hoje o sacerdote à Agência ECCLESIA
No ano de 2020, a lenda concorreu às Sete Maravilhas da Cultura Popular, obteve o “selo”, e a ideia deste encontro das imagens nasceu de um jovem de Arco de Baúlhe.
“Um jovem teve esta ideia de fazer o encontro mas com a pandemia não conseguimos concretizar e acontece agora em 2022, num dia dedicado a Nossa Senhora, o dia 15 de agosto”, recorda o padre Rui Araújo.
As sete imagens do encontro são a Senhora dos Remédios (Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto), a Senhora da Graça (Vilarinho, Mondim de Basto), a Senhora do Viso (Caçarilhe, Celorico de Basto), a Senhora das Neves (Lagoa, Fafe), a Senhora das Graças (Carvalhosa, Cabeceiras de Basto), a Senhora da Orada (Alvite, Cabeceiras de Basto) e a Senhora do Porto D’Ave (Porto D´Ave, Póvoa do Lanhoso).
O encontro inicia com o “despique de duas bandas filarmónicas pelas 15h00”, depois pelas 17h00 a capela da Senhora dos Remédios recebe as imagens que vêm dos santuários” e segue-se a procissão com as sete imagens “até ao lugar da serra onde acontece a lenda e haverá uma consagração a Nossa Senhora”.
O sacerdote, há cerca de três anos na paróquia, acredita que este momento vai ser marcante e vai contar com a presença de D. Nuno Almeida, Bispo Auxiliar de Braga.
“Espero uma multidão que se junta para celebrar a fé e a devoção a Nossa Senhora, tenho a certeza que, nos tempos em que vivemos, em que há novos medos, adensa-se aquele carinho e devoção, próprias das gentes do Minho, e as pessoas vão-se deixar tocar, fazendo pedidos e entregando-se a Nossa Senhora”, afirma.
SN