Braga: Semana Santa é encontro «único» – Rui Ferreira

Especialista evoca raízes cristãs da cidade, que se manifestam em grandes celebrações

Braga, 15 abr 2025 (Ecclesia) – O bracarólogo Rui Ferreira considera que a Semana Santa em Braga é um encontro “único” para pessoas de várias proveniências, manifestando em grandes celebrações as raízes cristãs da cidade.

“É a oportunidade de reunirmos crentes, não crentes, gente de outras confissões, de várias nacionalidades, num ponto de encontro único que é a Semana Santa de Braga”, disse à Agência ECCLESIA Rui Ferreira.

Para o estudioso de assuntos relacionados com a história de Braga existem “dois momentos muito especiais”, que despertam “memórias da infância e reuniões familiares”, a festa de São João e a Semana Santa.

“As duas estão, evidentemente, ligadas às raízes cristãs da cidade, mas a Semana Santa muito mais porque se tornou relevante do ponto de vista turístico”, sublinhou o bracarólogo.

Rui Ferreira escreveu a obra ‘Histórias que Nunca Te Contaram da Semana Santa de Braga’, resultado dos estudos de doutoramento, “uma oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre este grande momento da vida coletiva”.

Episódios e práticas religiosas “desconhecidas por muitos bracarenses” como a devoção da Senhora das Dores.

Foto: Município de Braga

“A devoção da Senhora das Dores foi instaurada no país, em 1761, a partir de Braga (Igreja dos Congregados) e mantém ainda práticas ancestrais ligadas a esse culto, nomeadamente, depois da Vigília Pascal, de se retirar as espadas à Senhora, porque o cristianismo não propõe a ninguém que fiquemos na dor, que fiquemos a ruminar no sofrimento”, relata.

“A Senhora das Dores perde as suas espadas no final da Vigília Pascal, cada espada tem um simbolismo, e passa de Nossa Senhora das Dores a Nossa Senhora das Alegrias, que também é uma festa específica do rito bracarense”, acrescenta o bracarólogo.

A Arquidiocese de Braga está “cada vez mais aberta ao futuro” e vai dando passos “firmes dentro daquilo que é a proposta da Semana Santa”, finalizou Rui Ferreira, em entrevista ao Programa ECCLESIA emitido hoje na RTP2.

HM/LFS/OC

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