Braga: «Relançar» devoção a São Bento

D. Jorge Ortiga destaca importância do santo na criação e desenvolvimento de Portugal

Terras de Bouro, Braga 24 mar 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga quer “relançar uma verdadeira devoção” a São Bento (c. 480-c. 547) e considera importante que o santuário que lhe é dedicado em Terras do Bouro promova uma pastoral que leve “ao encontro com Deus”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga sustenta que o Santuário de São Bento da Porta Aberta é um local onde o padroeiro da Europa “é imitado, onde é proposto o seu exemplo, ao qual as pessoas recorrem com as suas preces, os seus pedidos, as suas lágrimas e os seus agradecimentos e de onde levam uma mensagem para a vida”.

Esta “é uma mensagem que não está longe daquilo que é o carisma de São Bento, isto é, uma mensagem alicerçada na urgência da oração no concreto, no quotidiano, numa vida repleta de momentos de pausa para interiorizar aquilo que é permanente, aquilo que fica”.

“É sem dúvida nenhuma um santuário com uma importância ímpar para a Arquidiocese de Braga, uma vez que são imensos os peregrinos portugueses que passam por aqui, havendo também muitos espanhóis que talvez pela proximidade com a Galiza aqui se deslocam em grande número”, sublinha D. Jorge Ortiga.

O arcebispo primaz sustenta que este é um santuário que “convida a algo de diferente” na vida de cada pessoa.

Os 50 anos da proclamação, por Paulo VI, deste santo como patrono da Europa foram assinalados com o 1º Congresso de São Bento, que decorreu entre sexta-feira e sábado em Terras de Bouro.

“Ninguém ignora que São Bento exerceu uma grande influência na Europa antes do nascimento de Portugal e depois também na construção do país e particularmente no solidificar duma cultura a partir dos diversos conventos que foram existindo ao longo de todo o país”, disse D. Jorge Ortiga.

Num futuro próximo, o santuário de Terras de Bouro pode vir a ter o título de ‘basílica’, sendo necessário ainda “responder a algumas exigências feitas pelo Vaticano”.

“Este título serviria para essencialmente dizer que se trata de um templo particular pela sua história e dimensão em termos de espaço e pela sua frequência”, vindo a “confirmar daquilo que já se celebra e vive no santuário de São Bento”, concluiu o arcebispo de Braga.

LS/MD

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Agência ECCLESIA

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