O novo Bispo Auxiliar de Braga, D. António Couto, chegou ontem à Arquidiocese para dar esperança e sentido «neste mundo conturbado». Recebido em ambiente familiar pelo Conselho Episcopal e pelo Cabido, durante uma reunião que decorreu no Paço, o prelado vai ser Vigário Geral e coordenador de uma das regiões pastorais da Arquidiocese, ficando também responsável pela formação permanente do clero. À chegada, D. António Couto disse que «há tanta gente a precisar de um sentido para a sua vida», e por isso «neste mundo conturbado» testemunhar a Esperança «é fundamental». Enquanto estiver em Braga, o prelado quer aplicar na vida quotidiana da Igreja e da sociedade o seu lema episcopal, anunciado e explicado no passado dia 23 de Setembro em Cucujães, localidade onde foi ordenado bispo. A Ordenação teve lugar no pavilhão do Grupo Desportivo de Cucujães (Oliveira de Azeméis), situado a poucos metros do Seminário da Boa Nova, berço da Sociedade Missionária da Boa Nova – instituto de vida consagrada a que pertence e do qual era o Superior Geral até ser eleito Bispo Auxiliar de Braga, no passado dia 6 de Julho. “Vejo um ramo de amendoeira”, uma frase do profeta Jeremias, é o lema de D. António Couto, cheio de simbolismo: aquela árvore «é uma das poucas que florescem em pleno Inverno»; ao responder a Deus, Jeremias, «em vez de ver a catástrofe ou a crise, pôs os olhos na flor da esperança». Na saudação ao novo Bispo Auxiliar, o Arcebispo Primaz manifestou o desejo de que este lema perpasse todas as realidades da Igreja e sociedade bracarense. E anunciou que D. António Couto será um dos Vigários Gerais da Arquidiocese e o coordenador de uma das três regiões pastorais, mas não especificou qual, o que só acontecerá após uma reunião com os outros coordenadores: D. Antonino Dias, o outro Bispo Auxiliar, e o Arcipreste de Cabeceiras de Basto. Entretanto, ontem à noite, acompanhado de D. Jorge Ortiga, o novo Bispo Auxiliar de Braga iniciou a visita pastoral a Rendufe, paróquia do arciprestado de Guimarães/Vizela. A visita prolonga-se até domingo, dia em que será inaugurado o restauro da residência paroquial. Ontem à chegada, D. António Couto disse também que espera encontrar, em cada paróquia e em cada pessoa, um rosto missionário, evangelizado e evangelizador, acolhido e acolhedor. Este é, como disse no dia da sua Ordenação, o seu «sonho».