D. Jorge Ortiga quer que a fé seja mais do que peregrinações e determine o quotidiano
Terras de Bouro, Braga, 21 mar 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, disse hoje à Agência Ecclesia que a atribuição do título de basílica menor ao Santuário de São Bento da Porta Aberta responsabiliza a fazer da fé mais do que “peregrinações”.
“São Bento como basílica deveria assumir a responsabilidade de mostrar e fazer com que a fé não seja uma realidade amorfa, intimista, de simples devoções e peregrinações, em tradições habituais”, disse o arcebispo de Braga.
Para D. Jorge Ortiga, é necessário dar um “novo incremento à vivência da fé”, colocando-a nos “mais variados ambientes” e em todas as “situações que a vida encerra”.
“Quem passar por aqui deve levar este encargo de mostrar que o ‘ora t labora’ tem alguma coisa a dizer ao dia-a-dia das pessoas”, defendeu o bispo da diocese de Braga referindo-se ao lema de S. Bento, que significa “reza e trabalha”.
“Que este santuário seja um lugar capaz e acolher as pessoas, capaz de tranquilizar as consciências, reconciliando-se consigo mesmas para regressarem a casa tocadas pela misericórdia de Deus e responsáveis na vivência das obras de misericórdia”, sustentou.
O título de basílica é concedido pela Santa Sé a algumas igrejas pela sua antiguidade ou por serem centros de devoção e de peregrinações
Para o presidente da mesa administrativa da Irmandade de São Bento da Porta Aberta, cónego Fernando Monteiro, com a atribuição do título de "basílica menor", a Igreja "confirma que este não é um santuário qualquer mas honra-o com a dignidade de uma basílica".
“Foi o povo que impôs esta devoção, sobretudo pela afluência de fiéis”, explicou à Agência ECCLESIA o cónego Fernando Monteiro.
JCP/PR