Braga: Pastoral Universitária distingue dois alunos dos PALOP

Hélio Tavares e Bruno Silva venceram concurso que visa «dar voz» aos estudantes lusófonos

Braga, 18 jun 2014 (Ecclesia) – A Pastoral Universitária da Arquidiocese de Braga atribuiu o “Prémio Integração”, no valor de 500 euros, a dois jovens estudantes oriundos de países africanos lusófonos, pela vitória no concurso “PALOP Report 2014”.

Segundo o site da Igreja Católica local, Hélio Tavares e Bruno Silva alcançaram o primeiro lugar num evento que tem como principal objetivo “dar voz a estes jovens em diáspora e dar a conhecer o percurso académico que experimentam, tendo em conta a sua dimensão pessoal, social e cultural”.

Cofinanciada pelo Alto Comissariado para a Integração e Diálogo Intercultural, através do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros, a iniciativa pretende ainda “sensibilizar a comunidade académica para a sua corresponsabilidade na integração saudável e no sucesso académico” dos estudantes vindos dos PALOP.

A Pastoral Universitária chama a atenção para o contributo que os alunos portugueses podem dar, “alertando para os entraves e privações que estes jovens possam experimentar no período em que se encontram a estudar” no país.

Os trabalhos apresentados a concurso consistiam numa vídeo-reportagem subordinada ao tema “Ser Universitário PALOP em Portugal”.

Para Hélio Tavares, um jovem cabo-verdiano, estes projetos são essenciais para quem se encontra “deslocado” do seu país.

“Quando chegamos, não conhecemos praticamente ninguém e daí advêm algumas dificuldades. Neste sentido, todas as atividades que a Pastoral Universitária e a Associação Fazer Mais têm vindo a desenvolver, quer ao longo do ano passado quer ao longo deste ano, têm sido muito importantes”, sustentou.

Na cerimónia de atribuição do prémio, foram também entregues aos dois jovens os respetivos certificados, pelo coordenador do Gabinete de Relações Internacionais da UCP – Braga, professor Salvador Mota.

O docente destacou a forma como o concurso permite “estimular a criatividade, o desejo de fazer bem e incentivar os alunos ao trabalho, à dedicação, ao estudo, à investigação”.

AB/JCP 

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