Braga: Itinerário pelo barroco na arquitetura religiosa

Proposta para o tempo de férias na cidade dos arcebispos

Braga, 10 ago 2017 (Ecclesia) – A cidade de Braga, conhecida como “Roma portuguesa”, tem entre o património religioso à disposição dos visitantes e peregrinos um itinerário de encontro com o barroco, como explica Varico Pereira, vice-presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte.

“Braga também é conhecida pela ‘cidade do Barroco’, por isso, decidimos aliar estas duas circunstâncias e propor um roteiro pelo barroco bracarense na arquitetura religiosa”, refere, na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.

A edição, dedicada ao tempo de férias, inclui a proposta de visita a “um conjunto de monumentos relevantes” na cidade de Braga e arredores, com a presença do barroco e dos grandes mestres bracarenses, André Soares e Carlos Amarante.

A Catedral de Santa Maria de Braga e o Tesouro Museu da Sé são os primeiros espaços do roteiro, recordando que o Barroco chegou à arquidiocese minhiota “pela mão de D. Rodrigo de Moura Teles” (1704-1728), que ordenou a construção de vários monumentos religiosos neste estilo.

O percurso prossegue no largo de S. Paulo, para visitar a Nossa Senhora da Torre, “local único, dono de uma vista privilegiada sobre uma cidade marcadamente barroca”, refere Varico Pereira.

Este monumento foi construído em honra de Nossa Senhora pela recompensa de ter poupado a cidade de Braga no terramoto de 1755.

O Mosteiro S. Martinho de Tibães, com um restaurante gerido pelas irmãs da Congregação da Família Missionária Donum Dei, antecede a passagem para o Santuário do Bom Jesus, “ex-líbris de Braga e símbolo do Barroco”.

“O Barroco está especialmente marcado no escadório, a sua construção foi ordenada por D. Rodrigo de Moura Telles”, assinala o vice-presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, que convida a subir a pé o “deslumbrante escadório barroco, onde o granito esculpido se encaixa, de uma forma perfeita, na paisagem verdejante”.

O ponto final do roteiro é a Igreja de Santa Maria Madalena, monumento setecentista, com uma fachada em granito, do barroco tardio.

“Esta Igreja, também ela mandada erigir pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles, é uma obra-prima da tensão entre o barroco e o rocaille, é considerada uma expressão genial de um dos mais virtuosos arquitetos bracarenses, André Soares”, observa Varico Pereira.

A última edição do Semanário Ecclesia antes da pausa do período estival sugere 20 destinos de visita, um em cada diocese de Portugal, num roteiro de natureza, património e celebrações religiosas; a publicação online regressa a 8 de setembro.

OC

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