Braga: Igreja empenhada na inventariação de património

Trabalhos realizados entre 2009 e 2011 permitiram lançamento de 24 livros

Braga, 06 jul 2011 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga apresentou esta terça-feira 24 livros resultantes da segunda de inventariação do património eclesial, levado a cabo entre 2009 e 2011, pelo Instituto de História e Arte Cristãs.

No lançamento das obras sobre igrejas, santuários, capelas e paróquias da arquidiocese, o arcebispo local deixou votos de que a inventariação prossiga a um “ritmo acelerado” ou, pelo menos, ao “ritmo possível”, apelando aos párocos para que nas suas comunidades chamem à atenção para a importância desta tarefa.

“Este é um compromisso que faz parte das prioridades da arquidiocese de Braga”, indicou D. Jorge Ortiga, citado pela edição de hoje «Diário do Minho».

Segundo este responsável, a inventariação do património é importante para ter “conhecimento e consciência” daquilo que a arquidiocese possuiu e pode oferecer para fruição da sociedade.

O projeto «Inventariação do Património da Arquidiocese de Braga. Criação de uma base de dados» contou com o apoio financeiro da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, câmaras municipais e paróquias.

O presidente do Instituto de História e Arte Cristãs da arquidiocese e diretor do Museu Pio XII, cónego José Paulo Abreu, a quem coube a apresentação dos 24 livros, revelou que o trabalho de inventariação tem permitido a descoberta de peças “sensacionais, quer a nível de escultura, quer a nível de têxteis usados em celebrações religiosas.

Este responsável destaca a imagem de um Menino Jesus do século XVI, que estava debaixo de uns bancos numa sala de catequese, numa paróquia da diocese.

“Este não é exemplo único. Inclusivamente, encontrámos altares, retábulos, completamente desmontados e arrumados em garagens, e altares barrocos, belíssimos, substituídos por coisas de gosto muito duvidoso”, lamentou.

Segundo o sacerdote, o projeto de inventariação do património da arquidiocese de Braga, iniciado em 2007, tem permitido sensibilizar os agentes das paróquias para o valor das peças e para a necessidade de as preservar.

A ideia, disse o cónego José Paulo Abreu, tem sido procurar musealizar espaços e conseguir que as peças fiquem convenientemente expostas e preservadas de danos.

Nos próximos tempos, o trabalho vai concentrar-se mais em Guimarães e Braga, aproveitando a dinâmica gera pelas iniciativas Guimarães – Capital Europeia da Cultura e Braga – Capital Europeia da Juventude, em 2012.

DM/OC

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