Arquidiocese cede instalações de forma temporária, por tempo indeterminado
Braga, 04 mar 2022 (Ecclesia) – O Hotel João Paulo II, no Santuário do Sameiro, vai ser centro de acolhimento dos mais de 40 refugiados ucranianos que vão chegar a Braga depois da partida, esta quinta-feira, para a Polónia, de um autocarro para os recolher.
“Os refugiados vão permanecer nestas instalações de forma temporária, por tempo indeterminado, para poderem ser acompanhadas e posteriormente orientadas da melhor forma. A alimentação vai ser garantida pela associação Virar a Página”, informa uma nota divulgada pela Arquidiocese de Braga.
A estes cidadãos ucranianos juntam-se outros seis que já estão alojados no Colégio de São Caetano, tendo ficado impedidos de voltar à Ucrânia após os Campeonatos Europeus de Veteranos em pista coberta (EMACI), que tiveram lugar em Braga entre os dias 20 e 27 de Fevereiro, devido à invasão russa.
O acolhimento destes refugiados está a ser articulado entre o Município de Braga e várias instituições, como a Arquidiocese de Braga, a Cáritas Arquidiocesana de Braga, a Cruz Vermelha e a Virar a Página, entre outras que se reuniram no início desta semana.
“Coloca-se ainda a hipótese de mais refugiados para além deste grupo inicial ficarem alojados nestas instalações”, indica a arquidiocese minhota.
A vereadora da Ação Social da Câmara de Braga, Carla Sepúlveda, falou hoje ao ‘Diário do Minho’, ao acompanhar a partida do autocarro leva alimentos, agasalhos e medicamentos, e vai rumo a Wroclaw, na Polónia, onde recolherá 44 refugiados.
“São crianças e 38 adultos, na sua esmagadora maioria mulheres, uma das quais grávida de 20 semanas. Já temos o alojamento identificado e todo o tipo de apoio”, adiantou.
A médica Elisa Condês seguiu no autocarro humanitário para dar a assistência médica que for necessária.
“Levamos medicamentos para a dor e para eventuais infeções respiratórias, já que na Europa Central está muito frio”, destacou.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
Segundo a ONU, os ataques já fizeram mais de 1,2 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
OC