Braga: «Existência de Conselhos Pastorais» e «necessidade de formação» são prioridades apontadas depois da IV Assembleia Sinodal Arquidiocesana

«Há muitas resistências, mas não desistimos», afirmou D. José Cordeiro sobre a implementação dos conselhos pastorais paroquiais

Foto: Diário do Minho

Braga, 31 mar 2025 (Ecclesia) – O Conselho Pastoral Arquidiocesano de Braga destacou que a “existência de Conselhos Pastorais” e a “necessidade de formação” são as contribuições mais vincadas dos grupos de trabalho da IV Assembleia Sinodal Arquidiocesana, realizada em fevereiro.

“A formação é dar forma do espírito no nosso coração para chegarmos aos sentimentos de Cristo, à vida de Cristo, viver em Cristo e, por isso, é decisiva a formação neste caminho de Páscoa que estamos a percorrer”, disse o arcebispo de Braga, este sábado, ao jornal diocesano ‘Diário do Minho’, divulga a arquidiocese na sua página na internet.

Segundo D. José Cordeiro, ainda no campo da formação, no Conselho Pastoral Arquidiocesano de Braga, realizado dia 29 de março, sublinharam que “o modo como concretizar a sinodalidade ao nível arquidiocesano, arciprestal, paroquial, é o conselho pastoral”.

“Muito queremos que, até 2033, mas não é preciso esperar por esse ano, que sejam criados em todas as paróquias e unidades pastorais o conselho pastoral paroquial”, acrescentou.

O responsável diocesano adiantou que “há muitas resistências” à implementação dos conselhos pastorais paroquiais na Arquidiocese de Braga, mas não desistem deste caminho que “é um processo”.

“Exige conversão pessoal, pastoral, missionária dos párocos, dos bispos, dos leigos, dos diáconos, de todos os membros do Povo Santo de Deus. E temos que ser juntos, que ninguém fique para trás, mas sabemos que o caminho é este”, desenvolveu D. José Cordeiro, indicando que “o caminho é em frente e a esperança não engana”.

Para o arcebispo de Braga, este conselho pastoral paroquial tem de ser lugar de informação e escuta, lugar de comunhão e de partilha, mas, especialmente, de formação integral, nomeadamente humana, espiritual, pastoral, social, “são lugares para gerar maior comunhão, maior missão, maior participação na vida das comunidades”.

“O viver o Evangelho ‘in loco’, conhecer a realidade e participar nela de uma maneira ativa, corresponsável, mas partilhada, porque há muito bem que está a acontecer em muitas paróquias, mas que, às vezes, não é partilhado, não é intercomunicado. Às vezes, há umas máscaras de comunhão. O fim é bom, mas depois algumas más articulações entre os grupos e os movimentos na paróquia, na unidade pastoral, no arciprestado não são sinal credível do Evangelho.”

D. José Cordeiro explicou que estão a ser feitos os estatutos, a ser dadas as orientações, as indicações e as propostas pastorais, para esse caminhar comum, porque “uns vão mais adiante, outros ainda estão nesse processo, outros ainda se mantêm na sua resistência e no seu próprio esquema mental”.

O arcebispo de Braga salientou que “a Igreja é uma só”, aquilo que sublinham no Credo – ‘Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica’ – e esse é o caminho que o Papa Francisco indica, “o que significa que é a Igreja, porque o Papa não é pessoas singular, é aquilo que significa como o sinal da unidade e da comunhão da Igreja”.

“Ele chegou mesmo a dizer que é a vontade de Deus para a Igreja do século XXI. Por isso, é este o novo estilo de ser Igreja. É para todos. Só alguns ainda estão a percorrer este caminho, mas é para todos”, indicou D. José Cordeiro, divulga a Arquidiocese de Braga, na sua página na internet.

O Conselho Pastoral Arquidiocesano de Braga analisou as contribuições dos grupos de trabalho da IV Assembleia Sinodal Arquidiocesana, que contou com a participação de D. José Cordeiro e do bispo auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, no dia 22 de fevereiro, no Espaço Vita.

CB/OC

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