Bispo D. Nuno Almeida participou na iniciativa que se realizou pela primeira vez
Cabeceiras de Basto, 23 ago 2022 (Ecclesia) – O pároco de Arco de Baúlhe (Arquidiocese de Braga) assinala que “uma multidão” se juntou para “celebrar a fé e a devoção a Nossa Senhora”, no regresso da tradição do encontro de sete imagens, que uniu os santuários marianos.
“Este foi um encontro que testemunhou a comunhão eclesial e sobretudo a paz”, afirma o padre Rui Araújo, numa nota enviada esta segunda-feira à Agência ECCLESIA.
O pároco de Arco de Baúlhe explica que o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios recebeu as imagens que peregrinaram dos seus santuários, e seguiram todos em procissão, já com as sete imagens, até ao lugar da serra onde fizeram a Consagração a Nossa Senhora, no dia 15 de agosto.
Segundo a nota, D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga, referindo-se à atualidade, “em que há novos medos”, lembrou o carinho e devoção das pessoas do Minho, convidando a que façam “pedidos e entregando-se a Nossa Senhora”.
O bispo auxiliar de Braga “procurou deixar um apelo”, lembrando que “não existem limites para os sonhos, como não existem limites para a força de Deus”, lembra o padre Rui Araújo.
O pároco de Arco de Baúlhe, há cerca de três anos nesta comunidade, contextualiza que segundo esta lenda, “muito popular no culto mariano”, existem sete senhoras que vivem em torno da região, “vigiando as terras e as suas gentes e que, devido ao local onde se encontram construídos os seus templos de veneração, conseguem avistar-se umas às outras”.
As sete senhoras são a Senhora da Graça (Vilarinho, Mondim de Basto), a Senhora dos Remédios (Arco de Baúlhe, Cabeceiras de Basto), a Senhora do Viso (Caçarilhe, Celorico de Basto), a Senhora das Neves (Lagoa, Fafe), a Senhora das Graças (Carvalhosa, Cabeceiras de Basto), a Senhora da Orada (Alvite, Cabeceiras de Basto) e a Senhora do Porto (Porto D´Ave, Póvoa do Lanhoso).
Na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, dia 15 de agosto, a lenda “ganhou corpo com o encontro destas sete imagens, numa organização da Associação dos Festeiros do Arco e Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios.
No ano de 2020, a lenda concorreu às Sete Maravilhas da Cultura Popular, obteve o “selo”, e a ideia deste encontro das imagens nasceu de um jovem de Arco de Baúlhe, mas só foi possível este ano devido à pandemia Covid-19.
CB