Fórum de dois dias permitiu fazer «radiografia» à realidade juvenil
Braga, 06 fev 2012 (Ecclesia) – O coordenador da pastoral Juvenil da Arquidiocese de Braga faz um balanço positivo do Fórum da Juventude, que se realizou entre sábado e domingo, prometendo uma “análise pormenorizada” aos “anseios” transmitidos pelos participantes.
Segundo Alberto Gonçalves, esta iniciativa permitiu percecionar “os anseios, as dificuldades e as ideias de renovação de cada responsável dos arciprestados” (conjunto de paróquias) da diocese minhota.
Citado na edição de hoje do ‘Diário do Minho’, este responsável considera essencial conhecer “as situações concretas que cada arciprestado vive no terreno” pois só assim podem ser formuladas respostas.
Para Alberto Gonçalves, pode ser necessário “reestruturar ou formar novas equipas arciprestais”, de forma a reforçar a missão da pastoral juvenil em alguns arciprestados.
Perante a realidade de uma diocese multifacetada, este responsável sublinhou ainda que o Fórum da Juventude foi também oportunidade para perceber o contraste que existe entre as paróquias do interior e do litoral.
Numa iniciativa denominada ‘radiografia’, realizada durante a tarde de sábado, foi possível detetar que a maior problemática da pastoral juvenil nas paróquias do interior é o facto “de muitos jovens estarem ausentes durante a semana, dado que estudam em Braga ou procuram trabalho noutras partes da diocese”, facto que “inviabiliza a realização de um trabalho contínuo”, afirmou o coordenador deste setor da pastoral diocesana.
Já nas paróquias mais urbanas, tais como as pertencentes aos arciprestados de Braga, Famalicão ou Guimarães, a maior questão que se coloca é “o confronto entre decidir ir à reunião do grupo de jovens, ou procurar outro tipo de diversões e convívio”.
Durante o fórum, foi divulgada a saudação que o arcebispo de Braga escreveu para os participantes na Capital Europeia da Juventude 2012, nesta cidade, deixando palavras de esperança “tempo controverso para as gerações mais jovens”.
O documento, publicado na página da diocese minhota na Internet em português, inglês e espanhol, sublinha que “a diversidade de experiências” que vão estar à disposição dos jovens permitirão aos mais novos afirmarem-se como “verdadeiros mensageiros dos valores que ancoram a sociedade em valores perenes”.
A escolha de Braga para ‘Capital Europeia’ partiu do Fórum Europeu da Juventude, organismo que desde 2009 atribui o título para dar a conhecer exemplos de regiões que se destacam pelo seu contributo na integração dos mais novos e no desenvolvimento de projetos empreendedores nesta área social.
DM/OC
