Braga: D. Ximenes Belo lembra 215 milhões de cristãos perseguidos em todo o mundo

Prémio Nóbel da Paz presidiu a jornada de oração no Santuário de São Bento da Porta Aberta

Lisboa, 03 set 2018 (Ecclesia) – O bispo emérito de Díli e Prémio Nobel da Paz, D. Ximenes Belo, presidiu este domingo a uma jornada de oração pelos cristãos perseguidos, no Santuário de São Bento da Porta Aberta, em Braga.

De acordo com a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), responsável pela iniciativa, o prelado de Timor-Leste lembrou os “215 milhões de cristãos” que atualmente são “perseguidos” em todo o mundo e pediu a cada diocese e paróquia para “rezar” por estas pessoas.

D. Ximenes Belo destacou os territórios onde a situação das comunidades cristãs é hoje mais dramática, países como “Somália, Iraque, Afeganistão, Arábia Saudita, Paquistão, Índia, Nigéria, Sudão e Indonésia”.

O bispo emérito de Díli realçou também os casos que crescem na “Europa”, lamentando que esta região esteja “progressivamente” a perder das “suas raízes cristãs”.

Esta iniciativa de oração pelos cristãos perseguidos, no Santuário de São Bento da Porta Aberta, conta com uma exposição composta por “objetos litúrgicos danificados e profanados em aldeias e vilas cristãs” do Iraque, mais concretamente na Planície de Nínive e em Mossul, durante o período em que estes territórios estiveram ocupados pelo Estado Islâmico.

Devido ao clima de violência e repressão imposto por este grupo fundamentalista armado, milhares de cristãos tiveram de abandonar as suas casas e terras.

A referida exposição, doada pela Igreja Caldeia e Sírio-Católica do Iraque à Fundação AIS, é composta por cerca de duas dezenas de objetos, é apresentada como “uma pequena amostra” das consequências do “ódio e do extremismo religioso” que tem tocado a vida dos cristãos.

O antigo bispo de Díli, em Timor-Leste, enalteceu o papel que a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre tem assumido na denúncia dos atentados que continuam a ser cometidos, em todo o mundo, contra os cristãos e outras comunidades religiosas, bem como o empenho que este organismo católico, ligado à Santa Sé, tem colocado na “defesa dos cristãos perseguidos” e na “consciencialização” das populações e países a favor do apoio às vítimas de intolerância religiosa.

A exposição dedicada aos cristãos perseguidos, vai agora passar do Santuário de São Bento da Porta Aberta para a igreja de Santa Clara, em Évora.

JCP

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Agência ECCLESIA

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