Braga: D. Jorge Ortiga ordenou quatro novos sacerdotes

Arcebispo afirmou que os padres não podem assumir uma atitude ?meramente profissional?

Braga, 21 jul 2014 (Ecclesia) – D. Jorge Ortiga afirmou, na homilia da eucaristia de ordenação de quatro novos sacerdotes, este domingo, que os padres não podem assumir uma atitude “meramente profissional”, mas devem ser “verdadeiramente sacerdotes”.

“Somos um sinal duma vida mergulhada na terra mas tocada e tomada pelo divino que trespassa nossas vidas como exigência da vivência da fé. Em nós não podem existir dualismos, a fé por um lado e a vida por outro”, afirmou D. Jorge Ortiga na cripta do Santuário do Sameiro.

Para o arcebispo primaz de Braga, as ordenações sacerdotais de Adão Ricardo, José Pedro, Nuno Jorge e Rui Manuel constituíram “um dia de grande júbilo para a Arquidiocese”.

“É maravilhosa a nossa vocação só que implica atitudes muito concretas através dum estilo de vida exigente e coerente”, revelou D. Jorge Ortiga que pediu aos padres da Arquidiocese de Braga que vivam e ajam como se fossem o próprio Cristo porque “só a fidelidade a esta verdadeira identidade” os tornam felizes.

O atual arcebispo de Braga também recordou o exemplo e o livro “Estímulo dos Pastores”, do seu predecessor o beato D. Frei Bartolomeu dos Mártires, quando se comemora o ano jubilar dos 500 anos do seu nascimento: “O nosso coração deve procurar imitar o dos pastores da terra, os quais passam muitas vezes em claro as noites de inverno, ao frio e à chuva, só para que uma ovelha, talvez pouco útil, não se perca.”

“Talvez fruto da forte industrialização desta zona minhota, muitas vezes a nossa mentalidade formata-se numa pedagogia industrial, assente num binómio sequencial de ‘produção – faturação’”, assegurou D. Jorge Ortiga sobre o que considera ser “um defeito pastoral muito grande”.

 Nesse sentido, o bispo diocesano explicou a diferença entre uma “pastoral industrial” de uma “pastoral agrícola” que são “duas maneiras totalmente diferentes de encarar a pastoral”.

 “Por um lado do ‘fazer coisas’, fundada num tempo cronológico, na expetativa de colher rapidamente frutos logo após a fabricação. E por outro lado do ‘contemplar as coisas’”, que “ritmos da realidade”, diferenciou.

Aos pais dos novos sacerdotes ao serviço da arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga agradeceu “o dom da vida e o investimento financeiro e humano” e disse que deixaram “de exercer a paternidade mas não de ser pais”.

“Estou-vos inteiramente grato por entregares os vossos filhos a esta  causa do Evangelho”, acrescentou.

Para além de “mais de um milhar de fiéis” e inúmeros sacerdotes, segundo o site da arquidiocese de Braga, também estiveram presentes, nas ordenações sacerdotais, o novo bispo auxiliar D. Francisco Senra Coelho, o bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, e o bispo das Forças Armadas e Segurança, D. Manuel Linda.

CB/PR

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