«Missão sem Fronteiras» desafia diocese a «expressar a alegria» da fé anunciada
Braga, 05 out 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga desafiou as comunidades católicas a partilhar a sua fé incentiva à partilha da fé numa época de “relativismo cultural”, marcada “pelo individualismo e narcisismo”.
D. Jorge Ortiga apresentou a nota ‘Missão sem Fronteiras’, para o ano pastoral 2015/2016, convidando a “expressar a alegria de uma fé anunciada” com o estatuto de “discípulos missionários” que correspondem ao “desafio de Cristo”.
“Numa época marcada pelo relativismo cultural, pelo individualismo e narcisismo exasperados, mas também de crescente valorização da liberdade e da tolerância, a fé exige uma atitude de humildade que, na absoluta gratuidade, aceita e promove a liberdade, bem como a constante atenção e valorização do respeito e da tolerância pelas diferenças na perspetiva de crescente humanização das relações interpessoais e interinstitucionais”, refere o documento, enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O arcebispo de Braga assinala que o “tesouro” da Misericórdia de Deus, descoberto pelos fiéis nos anos anteriores, “não pode permanecer encerrado e escondido” porque “muitos contemporâneos” procuram “sinceramente e desejam” partilhar da sua “beleza”.
Na Nota Pastoral ‘Missão sem Fronteiras’, o prelado recorda que “todos os cristãos” são chamados à missão e o seu exercício acontece de vários modos, “conforme a vocação e os carismas de cada um”.
D. Jorge Ortiga reconhece também que pela “complexidade do mundo global” e a exigência de muitas situações, a formação contínua dos cristãos deve ser assegurada porque “não é possível improvisar respostas competentes”, por isso, as comunidades devem “propor” iniciativas que vão “formar para a missão”.
“Os desafios são diferentes e as respostas devem ser diferentes”, analisa o prelado, observando que hoje os intérpretes da pastoral “tem de ser todo o povo de Deus”, quando no passado estava centrado nos sacerdotes.
“Uma coisa é certa. Não poderemos continuar com um estilo de pastoral característico de uma época de cristandade. Nada mais difícil do que o mudar de mentalidades”, acrescenta.
O arcebispo de Braga recorda também que, segundo o Programa Pastoral, ao longo deste ano têm três “missões”: “Repropor o Evangelho a cada cristão; Levar o Evangelho aos outros” e “anunciar o Evangelho com alegria”.
O Ano Missionário pede ainda “a coragem e a audácia” de empreenderem a programação e realização de Missões Arciprestais, e a valorização missionária das peregrinações, festas e romarias que são “oportunidade de evangelização”.
Para D. Jorge Ortiga, o Jubileu da Misericórdia [08 dezembro – 20 novembro 2016], convocado pelo Papa Francisco, não é uma “intromissão que dificulta” a intenção original do programa pastoral mas “uma ajuda repleta de elementos elucidativos para uma experiência de Deus” e aconselha a ler a Bula ‘Misericordiae vultus’ (‘O Rosto da Misericórdia’).
Neste contexto, o prelado indica também as igrejas jubilares na arquidiocese, escolhidas em todos os arciprestados; os vários “jubileus da misericórdia” que vão viver e abrangem todas as realidades e vivências desta Igreja
A Nota Pastoral ‘Missão sem Fronteiras’, de D. Jorge Ortiga, está disponível para descarregar no sítio online da diocese de Braga e nos serviços centrais da arquidiocese.
CB/OC