Braga: D. Jorge Ortiga destaca importância da «maternidade» e pede apoio para quem quer ter filhos

Arcebispo apelou à resposta ao inquérito preparatório para próximo Sínodo dos Bispos

Braga, 09 dez 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou que a solenidade da Imaculada Conceição é “uma oportunidade de olhar a vida a exemplo de Maria” e alertou para a importância das políticas de apoio à natalidade, no atual contexto de crise.

“A maternidade deve ser mais amada pelos familiares e a natalidade terá de ser mais apoiada por leis que a favoreçam. Vamos verificando os índices das estatísticas mas as políticas não surgem de modo a inverter a situação”, declarou D. Jorge Ortiga, na homilia da missa a que presidiu este domingo, na Basílica do Sameiro.

“Quando falamos em problemas humanos, em hora de crise, corremos o risco de ficar no social, quando o momento que vivemos está carregado de desafios mais profundos. Trata-se de uma nova civilização ou cultura que está a emergir”, acrescentou.

Para o prelado, a questão contemporânea é “essencialmente antropológica e aqui surgem determinadas ideologias que, camufladamente, vão impondo novos critérios de visão da humanidade”.

D. Jorge Ortiga sustentou que a solenidade da Imaculada Conceição deve ser uma celebração onde a temática da maternidade deve ser trazida para os “espaços das conversas e reflexões”, porque este é um assunto que aparece face “à diminuição alarmante em reflexões esporádicas como fruto de estudos académicos ou estatísticos” e “não se passa daí”.

O arcebispo de Braga frisou, neste contexto, que “gerar a vida é recriar o futuro e oferecer esperança a quem vive no presente” e que “talvez seja necessário ir contracorrente”.

A homilia destacou a carta Pastoral – A propósito da ideologia do género – que a Conferência Episcopal Portuguesa publicou na sua última assembleia plenária.

Segundo o prelado, “os bispos portugueses sublinham a originalidade e especificidade da mulher para reconhecer que, com o homem, é chamada à comunhão num reconhecimento duma complementaridade indispensável à vida”.

Esta visão, “sem tempo nem época”, remete-se à maternidade e não se cinge apenas ao “ato de gerar”, mas “é muito mais amplo”.

“O génio feminino, numa maternidade alargada, não aceita o anonimato, o refúgio em relações virtuais, a pressa dos trabalhos. É sensibilidade e atenção permanente, com uma alegria que não olha aos sacrifícios”, precisou.

Na Basílica do Sameiro, o prelado recordou o próximo Sínodo extraordinário dos Bispos, marcado para outubro de 2014, que abordará “os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, para o qual foi solicitada a reflexão dos católicos, a fim de que “nenhum problema ou dificuldade” seja ignorado.

“Importa que os cristãos acompanhem este acontecimento e respondam a todas as questões fazendo-o de harmonia com a sua consciência”, acrescentou.

CB/OC

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