Na homilia na celebração da Paixão do Senhor, D. Jorge Ortiga disse que os mais fracos, os doentes, os paraplégicos, os idosos, os desempregados e os derrotados também são amados por Deus.
Braga, 18 abr 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse, esta sexta-feira, na homilia na celebração da Paixão do Senhor, que urge “uma inversão de marcha a fim de evitar o fim do país”.
Na sua homilia, D. Jorge Ortiga revela que os sinais de morte parecem “prevalecer em confronto com a realidade que nos circunda” e a morte de Cristo convida os cristãos “a amar a vida, nossa e dos outros, dos nascituros ou dos moribundos”.
Como a vida “deve ser amada na sua existência ou no permitir que ela aconteça”, o arcebispo de Braga sublinha que é alarmante “a descida brutal da taxa da natalidade”.
“A morte de Cristo está a reclamar mais vida e mais vidas, e isto só com uma cultura da vida se conseguirá”, lê-se na homilia de D. Jorge Ortiga.
“Cristo é muito mais que um herói de Hollywood” e o mistério da sua Paixão “não pode ser captado com a objectiva de uma máquina de filmar”, referiu o prelado da arquidiocese minhota parafraseando Tomas Halik no livro «A noite do confessor».
Se na sociedade actual “só vigora o que é jovem, o que é forte, o que é belo, o que é saudável, o que tem sucesso”, as imagens sofredoras dos últimos tempos do Papa João Paulo II ensinam “que os mais fracos, os doentes, os paraplégicos, os idosos, os desempregados e os derrotados também são amados por Deus”, afirmou na sua homilia, na celebração da Paixão do Senhor.
LFS