Braga: Conselhos pastorais paroquiais têm «o dever e a obrigação» de funcionar e dar «ritmo novo» às comunidades

Arcebispo bracarense lança ano pastoral de 2011-12 com vídeo onde aponta prioridades: Bíblia, união na arquidiocese e atenção aos pobres

Braga, 23 set 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga quer pôr a funcionar os conselhos pastorais paroquiais, organismos que reúnem representantes de movimentos e instituições sob a presidência do pároco, e pretende que imponham novo dinamismo às comunidades católicas.

“Temos diante de nós o dever e a obrigação não só de fazer com que os conselhos pastorais paroquiais funcionem mas que ao mesmo tempo eles tragam um ritmo novo à nossa comunidade”, que deve estar “atenta aos sinais dos tempos”, afirma D. Jorge Ortiga no vídeo de lançamento do ano pastoral de 2011-12.

Na mensagem que escreveu para o Dia da Arquidiocese, agendado para 2 de outubro, o prelado salienta que os Conselhos Pastorais “nunca” se devem tornar numa “mera estrutura, mas uma verdadeira experiência de comunhão, diálogo e discernimento dos melhores caminhos, para que a Palavra transforme o coração das pessoas”.

No vídeo de quatro minutos o prelado pede aos católicos que estabeleçam uma “relação muito íntima e pessoal” com Deus, deem prioridade à leitura e meditação da Bíblia, reforcem a união e prestem atenção aos carenciados.

O arcebispo de Braga propõe-se “repensar” a identidade eclesial a partir da denominada Sagrada Escritura, pelo que o ano pastoral de 2011-12, que também se inicia a 2 de outubro, vai decorrer sob o lema “A Igreja alimenta-se da Palavra. Um povo que produza os seus frutos”.

O anterior presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e atual membro do seu Conselho Permanente projeta promover a “comunhão” de todos os membros da arquidiocese: dos sacerdotes entre si e com os leigos, e estes em relação aos vários movimentos e associações.

O prelado sublinha no texto que os católicos não podem “ignorar os tempos difíceis que a sociedade atravessa”: “Vamos caminhar numa consciência de proximidade com os mais pobres, sabendo que, a partilha do muito ou pouco que temos, pode conferir certamente um novo alento, oportunidade e esperança nas suas vidas”.

D. Jorge Ortiga frisa no documento que a paróquia é chamada a gastar “o necessário para com o próximo” e manifesta o desejo de que “ninguém se sinta privado do essencial nas comunidades através da renúncia ao supérfluo, numa vida de austeridade e sobriedade, para que o amor torne visível a Boa Nova de Cristo”.

O vídeo lança um apelo aos católicos para que amem a Igreja, em particular a “comunidade paroquial”, e se coloquem ao serviço de quem precisa, “procurando não ter outro alimento nem outro caminho senão a palavra de Deus”.

RJM

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