Braga: Consagrados devem “ser luz” numa sociedade perdida

D. Jorge Ortiga assinalou este domingo o dia arquidiocesano do consagrado

Braga, 03 fev 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga incentivou os consagrados a sair da sua zona de conforto para “ser luz numa sociedade que parece perdida”, durante a missa deste domingo que assinalou o dia arquidiocesano do consagrado.

“Não nos contentemos com a vida cómoda, ou não, da comunidade. Há mais. Saiamos e criemos comunhão para ser luz numa sociedade que parece perdida pois acreditou que a felicidade estava no ‘ter’”, disse D. Jorge Ortiga durante a homilia da missa que decorreu na Basílica dos Congregados em Braga.

“Os carismas, quase todos nasceram para ser resposta institucionalizada a problemas e não temos encetado caminhos de proximidade com quem sofre” e a “idade dos membros das comunidades não pode ser desculpa”, sublinhou.

Para reverter esta situação D. Jorge Ortiga instigou os consagrados a não se deixarem “deter nos complexos da timidez que os fecha nas casas ou nas obras, conservadas com maior ou menor dificuldade”.

“Os consagrados sabem o que devem fazer ‘dentro’ do seu carisma mas em atitude de Igreja, que sai para O encontrar ‘fora’, porque ‘Ele está fora’ nunca pode ser sinónimo de O esquecer na intimidade duma vida mais ou menos contemplativa”, disse o arcebispo de Braga acrescentado de seguida que os consagrados devem ser uma “Igreja em saída de hábitos e rotinas, mas sobretudo de atitude para percorrer, com fé, uma vida humana com todos os seus enigmas”.

 “O espírito leva-nos mais longe e para caminhos que não conhecemos, não podemos permitir a resignação ou espírito de lamentação pela situação, muitas vezes crítica, da congregação” por isso “teimar no habitual, naquilo que sempre se fez só gera complexos de inibição que complicam a vida”, salientou.

“É em comunhão que se deve viver, só aqui se encontra a força do testemunho para o mundo e a serenidade que só a família eclesial pode dar” sendo no entanto importante perceber que “quando se fala em comunhão se pode incorrer no erro ou tentação que ela é primeiramente operacional pelos trabalhos a realizar” por isso, para o arcebispo de Braga é essencial lembrar o que o Papa Francisco diz sobre “a renovação da Igreja que não reside apenas na organização”.

“Daí que a comunhão é de Vida e é isto que nem sempre se vê”, conclui D. Jorge Ortiga, durante a homilia da missa que assinalou o encontro do dia arquidiocesano do consagrado, que decorreu este domingo na Basílica dos Congregados em Braga.

MD

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