Braga: Conferência «Nova Ágora» reflete sobre inteligência artificial e Direitos Humanos

Braga, 22 mar 2024 (Ecclesia) – A VIII edição do ciclo de conferências «Nova Ágora», que propõe uma reflexão coletiva sobre o desenvolvimento e implementação da Inteligência Artificial (IA), termina esta sexta-feira, 22 de março, com um debate centrado nos ‘Direitos Humanos’.

Organizada pela Arquidiocese de Braga, o ciclo de conferências da ‘Nova Ágora’ 2024 termina hoje, dia 22 de março, com a terceira e última sessão que vai debater “Direitos humanos”, com dois oradores: Susana Mourato Alves-Jesus, doutorada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que, atualmente, é gestora do projeto “Dignipédia Global: Sistematizar, Aprofundar e Defender Direitos Humanos em Contexto de Globalização”, e Maria Manuel Leitão Marques, doutorada e agregada em Economia, que desenvolve trabalho nas áreas do digital, da ciência e inovação, da proteção dos consumidores e segurança dos produtos, e da igualdade de género.

Uma nota enviada à Agência ECCLESIA informa que a sessão decorre no auditório do Espaço Vita, no centro da cidade de Braga, e este edição das conferências da «Nova Ágora pretendia, ainda, marcar a celebração dos 75 anos da Declaração dos Direitos Humanos.

O “grande propósito” desta VIII edição do ciclo de conferências da «Nova Ágora» foi propor uma reflexão coletiva sobre o desenvolvimento e implementação da Inteligência Artificial (IA), preparando a atual sociedade a viver num mundo “mais dinâmico e repleto de sistemas inteligentes” e garantindo que esta evolução chegue a todos e sirva ao bem comum.

Para o cónego Eduardo Duque, diretor do evento, o objetivo é que através destas conferências, propõe-se “promover um diálogo que permita a construção conjunta de conhecimento e compreensão recíproca, ancorado na procura da verdade e no respeito mútuo. É uma oportunidade de transcendermos as nossas diferenças individuais em prol de um bem maior, um exercício de humanidade que nos convoca a todos”, referiu na apresentação do evento, no dia 27 de fevereiro.

Considerando “inestimável” a importância deste “diálogo”, o responsável destacou o tema desta edição – “Olhares sobre a Inteligência Artificial” –, vincando o potencial da IA no que respeita a simplificação da vida humana, “representando um marco na evolução tecnológica” e “prometendo revolucionar a forma como vivemos”. Porém, alertou para o facto de esta “promessa” vir “acompanhada de dilemas e desafios” que não podem ser ignorados.

Na apresentação, o arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, lembrou que esta é uma “nova realidade” que deve ser “devidamente orientada”, caso contrário poderá virar-se “contra a própria humanidade”.

“Que este olhar credenciado e reconhecido dos especialistas presentes [no ciclo de conferências] nos possa lançar novos olhares e possamos olhar, sem medo, para esta nova realidade constituída por homens mas que pode ser contra a humanidade se não for devidamente orientada”, referiu.

Sobre a «Nova Ágora», D. José Cordeiro considerou-a “uma praça que a Arquidiocese de Braga criou no diálogo com todos, crentes e não crentes”, no sentido de “ouvir” porque “nada do que é humano é indiferente à ação evangelizadora da Igreja”.

A primeira sessão da Nova Ágora 2024 realizou-se no dia 8 de março, com o tema “Inteligência artificial”, e o segundo encontro, a 15 de março, abordou “Inteligência artificial e democracia”.

LFS/CB

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Agência ECCLESIA

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