Braga: Clero inicia ano pastoral com reflexão sobre Mensagem de Fátima

Conferência proferida pela irmã Ângela Coelho, que acompanha processos de canonização dos Pastorinhos

Braga, 20 set 2016 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga convidou a irmã Ângela Coelho, vice-postuladora da causa de canonização da irmã Lúcia, para apresentar a conferência ‘A Virgem em Fátima: A Senhora do Rosário mostra o seu Imaculado Coração’ na abertura do ano pastoral.

A religiosa do Instituto Aliança de Santa Maria assinalou hoje ao clero de Braga que a humanidade do século XXI se sente próxima da Virgem de Fátima, porque a mensagem mariana difundida na Cova da Iria pretende “proporcionar aos homens o encontro com Jesus Cristo”.

A irmã Ângela Coelho centrou a sua explanação em três atitudes da mãe de Cristo a partir de passagens da Bíblia – bodas de Caná, nascimento de Jesus em Belém e perda dos pais em Jerusalém onde também morre e Maria junto à cruz – relacionando-as com as aparições em Fátima.

“A mensagem de Fátima sublinha a presença de Nossa Senhora atuante como no início da Igreja continua agora”, indicou.

Segundo a religiosa, desde o princípio percebe-se que o Imaculado Coração “aponta para atitude fundamental” de Maria em Caná, que “estava atenta”, uma característica sem a qual não se é fiel “à vocação”.

Neste contexto, recordou que na aparição de 13 junho 1917 Nossa Senhora de Fátima, em resposta ao pedido da irmã Lúcia de os levar para o céu, pelo sofrimento que estava a passar, disse-lhe que “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao imaculado coração de Maria”, por isso, ao contrário dos primos Francisco e Jacinta Marto, ficava “mais algum tempo”.

“A solidão de Lúcia é transversal a cada ser humana. A Virgem Maria diz ‘nunca te deixarei, o meu Imaculado Coração será o teu refúgio e caminho que conduzirá até Deus’”, observou a também postuladora da causa de canonização dos Beatos Jacinta e Francisco Marto.

A irmã Ângela Coelho assinalou que “ter devoção não são só velinhas e procissões”, porque a “devoção real e essencial” é aproximação ao ‘sim’ de Maria na aparição do anjo: “Faça-se em mim segundo a vossa palavra”.

A religiosa assinalou que “contemplar os mistérios do Rosário é contemplar a vida à luz dos mistérios de Cristo”, que também tem “vida pública, paixão, morte, calvário”.

Neste contexto, destacou que a oração do Terço é fundamental para a paz e pediu que essa “dimensão importante” não seja esquecida, relembrando que hoje em Assis (Itália) os líderes religiosos demonstram que estão “preocupados com a paz no mundo”.

A religiosa da Aliança de Santa Maria refletiu sobre o facto de a imagem de Nossa Senhora de Fátima “tão pequenina, singela” ser desproporcional ao povo que ocorre ao santuário da Cova da Iria.

“É símbolo de consolação, de bem, de vitória de Deus. Em Fátima lembra que o mal não tem ultima palavra”, acrescentou.

A religiosa falou no Auditório Vita, a pedido do arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, que presidiu ao encontro.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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