Segunda etapa de iniciativa nacional inserida nas comemorações do centenário das Aparições
Braga, 31 mai 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu hoje à cerimónia de acolhimento da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, na catedral minhota, deixando votos de que a iniciativa seja um alerta contra a “indiferença” face a quem sofre.
“Senhora de Fátima, faz com que os cristãos da arquidiocese descortinem nos lugares da sua existência os solitários, os que derramam muitas lágrimas nas noites cheias de solidão”, pediu D. Jorge Ortiga, na homilia da Missa a que presidiu na Sé.
O arcebispo primaz deixou votos de que “pela caridade vivida, os grandes problemas se façam pequenos” e apareçam “muitas mãos para servirem de amparo”.
“Senhora, mãe da ternura e do carinho, neste tempo tão inóspito e frio por causa da indiferença sistemática, faz com que as nossas comunidades, assim como os cristãos que as compõem, destranquem a porta do seu coração e se abram para oferecer ternura e carinho, como uma mãe sabe fazer”, acrescentou.
O prelado começou por dizer que “Maria é a Palavra de Deus vivida” e desafiou os presentes a construir uma “comunidade missionária, onde todos transparecem a frescura do Evangelho e mostram que viver a Palavra coincide com a plena realização que o mundo procura em tantos lugares”.
D. Jorge Ortiga pediu ainda a Nossa Senhora para conduzir a comunidade a uma renovação pastoral, vivendo uma identidade pautada por “critérios verdadeiramente evangélicos”.
A homilia concluiu-se uma prece, uma adaptação da Ave-Maria de Schubert da autoria da jovem cantora Helene Fisher, uma das vítimas do desastre aéreo com o avião da Germanwings que se despenhou a 24 de março nos Alpes franceses.
Esta é a segunda etapa da passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima por Portugal, englobada na preparação das comemorações do centenário das aparições, marcado para 2017.
A iniciativa começou na Cova da Iria, a 13 de maio, e depois da passagem por Viseu e Braga (até 14 de junho), tem o seguinte percurso: Viana do Castelo, Vila Real, Bragança-Miranda, Lamego, Coimbra, Guarda, Portalegre-Castelo Branco, Setúbal, Évora, Beja, Algarve, Santarém, Lisboa, Madeira, Aveiro, Açores, Porto, Leiria-Fátima.
A primeira imagem peregrina, feita segundo indicações da irmã Lúcia, foi oferecida pelo bispo de Leiria e coroada pelo arcebispo de Évora a 13 de maio de 1947.
OC