Das 1540 pessoas bateram à porta da instituição de ação social da Igreja, 57% fizeram-no pela primeira vez
Braga, 21 fev 2025 (Ecclesia) – A Cáritas Arquidiocesana de Braga atendeu, em 2024, 1540 pessoas, 57% foram novos pedidos de ajuda, acompanhou 49 cidadãos em acolhimento temporário para migrantes, entregou 363 cabazes alimentares, serviu 29211 refeições e atribuiu 32 mil euros a famílias.
Os dados, enviados à Agência ECCLESIA, correspondem ao balanço anual realizado por esta instituição de ação social da Igreja católica, que assinala 76 anos no dia 22 de fevereiro.
Os números apresentados pela Cáritas arquidiocesana de Braga registam que mais de metades dos pedidos de ajuda, no âmbito do serviço de Atendimento Social, são provenientes de novas situações – “1540 pessoas, das quais 874 foram novos casos de pedidos de ajuda, ou seja, quase 57% do total dos pedidos recebidos”, tendo conseguido responder a “1013 pessoas”.
A instituição, através da Estrutura de Acolhimento Temporário para migrantes apresenta capacidade para acompanhar 25 pessoas, tendo prestado ajuda a 49 cidadãos provenientes, na sua maioria, de Marrocos, Senegal, Angola, Gambia e Argélia.
“A resposta da Estrutura de Acolhimento Temporária é um desafio constante e exigente. O objetivo principal é assegurar as necessidades básicas à vida diária, mas também a projeção do cidadão no futuro, num país que não conhece. As questões ligadas à cultura e à comunicação são, sem dúvida, as principais dificuldades”, refere Patrícia Ferreira, responsável da estrutura, em comunicado.
Em 2024 foram entregues “363 cabazes alimentares”, servidas “29211 refeições na cantina social” e a instituição atribuiu apoios monetários a famílias na ordem dos “32 mil euros para despesas de habitação, alimentação, saúde, educação, mobilidade e outras necessidades”.
A Cáritas de Braga está a desenvolver um trabalho de proximidade com a União de Freguesias Maximinos, Sé e Cividade e através do projeto B!Equal-E9G, procurando trabalhar a “inclusão social de crianças, jovens e familiares de minorias étnicas, migrantes e populações em situação de exclusão social” e “envolveu 180 participantes (superando a meta inicial de 106 pessoas) com impacto positivo em 35 crianças e jovens que conseguiram transitar de ano (acima dos 25 previstos)”, mostrando ainda ser um programa “relevante ao nível da integração profissional, com oito casos de sucesso”.
No âmbito da empregabilidade, a instituição ajudou na colocação profissional de 29 pessoas, através de um programa destinado a pessoas com deficiência, jovens com necessidades especiais, desempregados de longa duração, maiores de 45 anos, pessoas com doença/transtorno mental, famílias monoparentais, pessoas privadas de liberdade, explica.
A instituição quer construir um novo centro de acolhimento de emergência para vítimas de violência doméstica, tendo acolhido, em 2024, 219 pessoas (144 adultos e 75 dependentes) no Centro de Acolhimento de Emergência, realizado 1485 atendimentos, acompanhado 182 pessoas.
“Foi prestado acompanhamento psicológico a 94 crianças e jovens vítimas”, avança ainda.
“Com este novo Centro de Acolhimento de Emergência, a Cáritas de Braga reforça o seu compromisso de proteger e dar esperança às vítimas de violência doméstica. Não é apenas um espaço físico, mas um refúgio para recomeços, onde cada pessoa pode encontrar a segurança e o apoio necessários para construir um futuro livre de medo. Será uma resposta diferenciadora na região”, refere o presidente da Cáritas de Braga, João Nogueira.
O investimento global do projeto ronda os 960 mil euros, “com uma comparticipação através do Programa de Recuperação e Resiliência”, cabendo à Cáritas arquidiocesana “um investimento previsto de 248 075, 69€”.
“ Quem quiser apoiar a construção desta nova casa para vítimas de violência doméstica, pode fazê-lo através do IBAN PT50 0010 0000 02779770010 72 ou SPIN 501 438 394”, finaliza o comunicado.
LS