Vice-presidente da organização destaca importância do peditório nacional para «dar continuidade» ao trabalho sociocaritativo
Braga, 19 mar 2014 (Ecclesia) – A Cáritas arquidiocesana de Braga recebeu em 2013 cerca de 2348 pedidos de ajuda, só no seu atendimento social, o que correspondeu a uma média de “60 famílias apoiadas por semana”.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, no âmbito da Semana Nacional da Cáritas que está a decorrer, Eva Ferreira adianta que “a maior parte das situações sinalizadas” na região minhota dizem respeito a questões de “desemprego e problemáticas associadas”, como o “sobre-endividamento”, onde “não é fácil intervir”.
Grande parte dos pedidos de apoio implicam “um esforço financeiro grande”, sublinha a vice-presidente da Cáritas de Braga, pelo que a cooperação com outras instituições e o apoio das verbas do fundo social arquidiocesano tem sido essencial.
Neste âmbito, a Semana Nacional Cáritas e o peditório público que vai decorrer entre esta quinta-feira e domingo são encaradas como uma mais-valia para abrir novas parcerias e canalizar mais recursos para projetos de apoio aos mais desfavorecidos.
Eva Ferreira destaca a importância da recolha de donativos, que será feita em diversas cidades e centros comerciais do país, para “dar continuidade” ao trabalho das instituições sociocaritativas.
A nível do território bracarense, ao longo destes dias, a organização católica vai realizar várias ações de dinamização junto dos arciprestados e paróquias, envolvendo sobretudo grupos de jovens e da catequese.
Estão também preparadas algumas campanhas de recolha de “bens alimentares, uma grande necessidade na região”, em conjunto com empresas e escolas da arquidiocese.
Um projeto que está a ser decisivo, para o reforço das competências dos agentes sociocaritativos locais e para a cooperação das diversas instituições solidárias da região, é o programa “Mais próximo”, lançado pela Cáritas a nível nacional.
De acordo com a vice-presidente da Cáritas de Braga, o trabalho de formação dos agentes já está em marcha e já existem “alguns grupos” envolvidos, nas diversas localidades.
Além de pretender contribuir para uma ação mais efetiva, mais rápida, com maior qualidade, junto das pessoas carenciadas, graças ao trabalho desses grupos de ação social, o projeto vai também permitir “ter uma noção mais alargada das necessidades de cada arciprestado ou paróquia e mobilizar recursos que às vezes não chegam a todos”, realça Eva Ferreira.
SN/JCP