Braga: Cantina social da Cáritas serviu 14.428 refeições no primeiro semestre, mais 1.755 que no ano passado

Instituição informa que se registaram 40 novas pessoas a utilizar os serviços do espaço

Foto: Diocese de Bragança-Miranda

Braga, 26 jul 2024 (Ecclesia) – A Cáritas de Braga anunciou hoje que a cantina social da instituição serviu 14.428 refeições no primeiro semestre de 2024, traduzindo-se num aumento de 1.755  face a igual período do ano passado.

Apoios em vales alimentares no valor de cerca de 2 mil euros foram também atribuídos.

“Este aumento no número de refeições é reflexo de uma maior procura. Durante este período, registaram-se 40 novas pessoas a utilizar os serviços da cantina, evidenciando uma significativa rotatividade”, revela a Cáritas, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Segundo Estrela Portela, responsável por este serviço, “um grupo considerável de pessoas permanece na cantina há mais tempo e são mais estáveis. No entanto, há um segmento de utentes, composto por migrantes e pessoas em situação de sem-abrigo, que é mais vulnerável e apresenta maior rotatividade”.

“Estes indivíduos, muitas vezes, procuram os serviços de forma pontual e acabam por deixar a resposta após um período”, afirma.

Para a técnica, esta dinâmica de rotatividade reflete as necessidades urgentes e variáveis de um público altamente vulnerável, que depende dos serviços da Cáritas para apoio alimentar e estabilidade temporária.

A cantina social da Cáritas de Braga funciona com o apoio do Instituto da Segurança Social.

Além deste serviço, a Cáritas de Braga apoia situações de carência alimentar mais pontuais com cabazes e vales alimentares.

De acordo com Joana Lopes, responsável pelo atendimento social, os vales alimentares “permitem dignificar e dar mais autonomia a quem pede apoio”.

Desta forma, “a pessoa pode fazer as compras como qualquer outra pessoa e escolher os produtos que mais se adequam às suas necessidades, produtos que, muitas vezes, a Cáritas não possui”, defende.

No entanto, a responsável considera que os vales alimentares ainda não respondem a todas as necessidades.

“Os valores ainda não são suficientes para as necessidades, e normalmente recebemos apoios e donativos em géneros alimentares e não em dinheiro”, sustenta.

Os vales são resultado do programa nacional “Vamos inverter a curva da pobreza” da Cáritas Portuguesa, cujo objetivo é reforçar a capacidade de apoio às famílias mais vulneráveis através do pagamento de despesas pontuais e urgentes, como habitação, saúde, gás e eletricidade, e da atribuição de vales para aquisição de alimentos e bens essenciais.

A instituição comunica que, em 2023, o programa atribuiu 1.695 vales em Portugal.

LJ

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