Intenção em destaque no I Congresso Luso-Brasileiro do Barroco
Braga, 21 out 2011 (Ecclesia) – A realização do I Congresso Luso-Brasileiro do Barroco, que decorre até sábado em Braga, quer ser o marco do processo da futura candidatura do Santuário do Bom Jesus a “património mundial” da UNESCO.
A posição foi assumida pelo presidente da Confraria do Bom Jesus na sessão de abertura do congresso, que pretende assim assinalar os 200 anos da conclusão arquitetónica do templo.
“A Confraria pretende, com a realização deste congresso, aumentar a projeção internacional do Bom Jesus e iniciar simbolicamente o processo, que sabemos longo de anos e difícil, de uma futura candidatura do Bom Jesus a património mundial da UNESCO”, disse João Varanda.
Para este responsável, a candidatura é um “desígnio que terá que ultrapassar os limites da própria confraria e ser partilhado pela cidade de Braga, nomeadamente a sua Câmara Municipal, a Universidade do Minho e a Universidade Católica Portuguesa, só para destacar algumas instituições”.
Aos presentes, João Varanda lembrou que o Bom Jesus do Monte, com toda a sua riqueza, é um marco em Portugal e um espaço com reconhecimento internacional, onde se encontram verdadeiros tesouros, “fruto da fé que motivou a sua criação”.
Citado na edição de hoje do ‘Diário do Minho’, o presidente da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, afirmou o seu empenho “pessoal” e da entidade em criar as “condições para a apresentação da candidatura do Bom Jesus do Monte a património mundial da humanidade”.
Na conferência inaugural do congresso, o arcebispo de Braga pediu “mecenas” que se empenhem na conservação de locais como o Santuário do Bom Jesus, na cidade minhota, para que as populações possam usufruir destes “espaços maravilhosos”.
“Ninguém ignora como é reduzida, mesmo com a generosidade de muitos fiéis, a identificação de mecenas para estas causas. No caso concreto, importa criar condições para que sejam muitos a amar o Bom Jesus e tantos outros espaços sagrados, de modo que continue a ser o que sempre foi”, disse D. Jorge Ortiga.
Para o prelado, o programa elaborado “será enriquecedor para compreender um fenómeno artístico [barroco] de importância única”.
DM/OC