Lisboa, 13 set 2011 (Ecclesia) – A Confraria de Bom Jesus do Monte (Braga) vai assinalar os 200 anos da conclusão arquitetónica do templo com a realização de um congresso internacional, o “primeiro especialmente consagrado às realizações do barroco em Portugal e no Brasil”.
A iniciativa, que vai decorrer de 20 a 22 de Outubro, quer ser “um evento de caráter científico”, reunindo estudiosos do fenómeno do barroco, brasileiros e portugueses, indica hoje o presidente da Comissão Científica do Congresso, Aurélio de Oliveira, em texto publicado pelo semanário Agência ECCLESIA.
O especialista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto passa em revista a história do atual templo que “remata o monumental escadório, com as Capelas e Passos da Paixão”, concluído em setembro em 1811, substituindo um antigo templo barroco que vinha do tempo de D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728).
No século XVIII, indica, “o Bom Jesus do Monte transforma-se no grande santuário de romagem não só de Entre Douro e Minho como do conjunto do Reino”, pelo que as acomodações se tornaram “exíguas”.
“Ameaçando ruína a capela setecentista do tempo de D. Rodrigo, exíguos os espaços de culto e acomodações, encomendou-se um novo templo”, recorda Aurélio de Oliveira, obra que seria construída no patamar superior ao que ocupava o anterior do tempo de Moura Teles.
“Foi o Arquiteto Carlos Amarante, que já na cidade exercia importantes cargos em obras e por incumbência do Arcebispo e da edilidade e que na mesma deixaria outras obras notáveis. Começaram as obras em 1784 tendo-se concluído em setembro de 1811”, acrescenta.
É este acontecimento que serve de “pretexto” para a realização do referido congresso, mas também de “efeméride comemorativa” dos 200 anos da conclusão arquitetónica do atual templo.
OC