«Uma experiência desafiante, mas que mostra uma devoção muito profunda» – D. Delfim Gomes
Guimarães, 18 jun 2024 (Ecclesia) – O bispo auxiliar de Braga presidiu à peregrinação da ‘Ronda da Lapinha’, que “mostra uma devoção muito profunda, uma tradição rica e reveladora da fé deste povo”, e associou-se à “meia-maratona de fé”, na freguesia de Calvos, em Guimarães.
“Esta Ronda é desafiante porque é um caminho de fé onde se mistura tudo, as crianças, os jovens, adultos, os mais idosos, com as suas seculares tradições, as manifestações de agradecimento, de louvor e cânticos à Virgem. Tudo isto faz deste percurso de devoção o sinal de uma religiosidade muito profunda e muito vincada neste povo minhoto”, disse D. Delfim Gomes, ao jornal ‘Diário do Minho’.
O bispo auxiliar de Braga associou-se à ‘meia maratona de fé’ com os peregrinos da ‘Ronda da Lapinha’, este domingo, um percurso secular que levou o andor por mais de 20 quilómetros, entre a freguesia de Calvos e a igreja de Nossa Senhora da Oliveira, no centro histórico da cidade de Guimarães.
“Uma experiência desafiante, mas que mostra uma devoção muito profunda, uma tradição tão rica e reveladora da fé deste povo”, realçou D. Delfim Gomes, salientando que a ‘Ronda’ mostra uma “devoção muito profunda, uma tradição rica e reveladora da fé deste povo”.
O bispo auxiliar de Braga, que participou em metade do percurso da ‘Ronda da Lapinha’, destacou o caminhar junto ao andor da padroeira e protetora das culturas, com uma multidão de peregrinos com flores nas mãos, atravessando mais de uma dúzia de freguesias, ao som de cânticos e orações, em mais de 10 quilómetros.
“É uma experiência muito gratificante e que me deixa de coração cheio por tudo aquilo que vi, senti e pude observar, porque esta é uma religiosidade e uma fé profunda que toca o coração das pessoas”, sublinhou, numa entrevista divulgada pela Arquidiocese de Braga.
Na homilia da Eucaristia, em frente ao Santuário da Lapinha, na encosta do Monte da Penha (Monte de Santa Catarina), o bispo auxiliar de Braga pediu aos romeiros que sejam semente e frutos do reino de Deus nos caminhos da vida: “A forma como estamos na Igreja tem de ser semente deste reino de Deus no mundo, sendo luz de Jesus Cristo para os outros”.
“É isto que um cristão está chamado a ser: luz do reino que nos vem de Jesus Cristo, a semente de Deus, que Maria acolheu com tanta delicadeza e amor, que cuidou, ajudou a crescer e seguiu”, acrescentou na celebração antes da peregrinação.
A Arquidiocese de Braga, no seu sítio online, informa que “milhares de peregrinos” cumpriram esta tradição que remonta aos finais do século XVII, onde os romeiros pediram boas colheitas e agradeceram as graças concedidas, no Arciprestado Guimarães/Vizela.
A juíza da Irmandade da Lapinha, Fátima Dias, afirmou que foi “mais uma grande manifestação de fé”, que enche de muita alegria e orgulho, “contando com o bispo auxiliar de Braga”.
Este ano, a peregrinação teve como tema ‘Como Maria, Mãe da Fé, contemplamos o Dom da Eucaristia’, no contexto do V Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou na Arquidiocese de Braga (31 de maio a 2 de junho).
CB/OC