«A missão é de querermos juntos viver e testemunhar a alegria (…) antes de fazermos sinodalidade» – D. José Cordeiro
Braga, 18 out 2023 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga reuniu esta terça-feira cerca de 150 participantes, na Assembleia do Clero, promovida num modelo sinodal e de partilha de oração, sob o tema ‘Da alegria do chamamento à alegria de chamar’.
Segundo nota enviada à Agência ECCLESIA pela Arquidiocese de Braga, a primeira parte do encontro, que teve lugar na Capela da Imaculada, foi presidida pelo arcebispo primaz, D. José Cordeiro, com um momento de oração.
“’Da alegria de ser chamados à alegria de chamar’ é sermos Sínodo. Sermos Sinodalidade. No dia em que acontece esta Assembleia do Clero da Arquidiocese de Braga, celebramos a memória litúrgica de Santo Inácio de Antioquia e já ele no século II dizia que nós somos chamados a ser Sínodo”, destacou D. José Cordeiro, em declarações ao ‘Diário do Minho TV’, divulgadas pela Arquidiocese de Braga.
As mesas circulares onde os participantes trocaram pontos de vista, estavam nomeadas com placas correspondentes aos frutos do Espírito Santo: paz, alegria, caridade, paciência, longanimidade, benignidade, fidelidade, castidade, continência, fé, esperança, amor, modéstia, mansidão e bondade.
Apesar de já ter sido pensado antes, na preparação do Conselho Permanente do Conselho Presbiteral, o arcebispo de Braga considera “uma feliz coincidência” a disposição das mesas à semelhança ao Sínodo.
Para D. José Cordeiro, esta sintonia permite a “comunhão” e a “participação”.
“A missão é de querermos juntos viver e testemunhar a alegria, construir a amizade e a fraternidade sacramental, ministerial efetiva e afetiva, para que, antes de fazermos sinodalidade, sermos sinodalidade”, ressaltou.
Durante o encontro os participantes refletiram sobre as questões propostas pela Assembleia, nomeadamente: “Que aspetos da minha vida e do ministério me dão alegria e me levam a querer propor adolescentes, jovens e adultos o caminho do sacerdócio?”, “Que aspetos não me realizam?”, “Como renovar a Pastoral Vocacional para que ela se adeque ao tempo de hoje?” e “Que modalidade de Seminário Menor são mais adequadas para o tempo de hoje?”.
“O encontro só por si entre os colegas já é muito positivo. Os padres encontrarem-se, estarmos juntos. E, graças a Deus, hoje, está um grande número de sacerdotes, dos mais velhos aos mais novos, o que é sempre gratificante”, referiu o padre Albino Carneiro, do arciprestado de Póvoa de Lanhoso.
O sacerdote realça a “alegria” do encontro e da partilha de momentos, “não só de reflexão de temas que são importantes para a vida da diocese, hoje e do futuro”, mas também para a construção de “amizade” e “relação”.
“É uma partilha que nos faz bem, que nos ajuda a refletir os problemas, mas também os desafios e as potencialidades do presbitério”, apontou o padre Vítor Emanuel, do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão.
“Todos sentimos a causa como nossa”, considera o religioso, que salienta a importância do “compromisso maior” em dar um “pequeno contributo e motivar os outros” na direção de transformar “positivamente a realidade”.
A Assembleia do Clero terminou no Auditório do Espaço Vita e no encerramento do encontro cada grupo apresentou uma síntese dos pontos discutidos.
As conclusões vão ser enviadas para o conselho episcopal, o conselho presbiteral permanente e para a equipa sinodal arquidiocesana que vai ajudar a traçar o projeto pastoral dos próximos 10 anos para a Arquidiocese.
O tema vai ser também abordado na Assembleia Arquidiocesana, agendada para o dia 2 de dezembro.
LJ/OC