D. José Cordeiro destaca importância da dinâmica sinodal, na reorganização das comunidades
Caxinas, 02 dez 2023 (Ecclesia) – A Paróquia de Caxinas acolhe hoje a Assembleia Arquidiocesana de Braga, que marca o início do ano pastoral e o arranque de um itinerário até 2033, centrando atenções na mensagem da Páscoa.
“Este sonho missionário de levar Jesus a todos, e todos a Jesus, faz-nos caminhar juntos no caminho de Páscoa, que o mesmo é dizer em Jesus Cristo”, disse D. José Cordeiro à Agência ECCLESIA.
Sobre o itinerário proposta às comunidades católicas, até 2033, o arcebispo de Braga precisa que nasceu da intenção de comemorar os 2000 anos da Páscoa de Jesus.
“A Igreja nasce da Páscoa, vive da Páscoa de Páscoa em Páscoa, domingo a domingo, renovamos o sentido da comunidade cristã, que se atualiza também todos os dias na vida pessoal, familiar, comunitária”, precisou.
O responsável católico assume a necessidade de tornar “mais sinodal” a vivência diocesana, com maior “comunhão, participação e missão nas estruturas já existentes”.
“Não se trata tanto de fazer, mas muito mais de ser. E eu sinto também essa, essa alegria e esse entusiasmo da parte do presbitério, da parte dos movimentos, dos grupos, da parte das comunidades, de todos aqueles que somos batizados em Cristo, reconhecendo que a cruz está sempre presente, mas a cruz é caminho de Páscoa”, indicou.
Mais do que um programa de atividades, D. José Cordeiro espera que as comunidades católicas se sintam envolvidas numa “peregrinação, um itinerário que se vai construindo ao longo do caminho”.
Esta peregrinação, precisa o arcebispo primaz, vai decorrer de forma descentralizada, estando a terceira assembleia sinodal, por exemplo, marcada para o Santuário de São Bento da Porta Aberta, a 15 de junho de 2024.
Duas etapas desse percurso, na próxima década, estão definidas: a realização do Quinto Congresso Eucarístico Nacional, em Braga, de 31 de maio a 2 de junho de 2024, e o Jubileu 2025, com o tema ‘Peregrinos de esperança’, convocado pelo Papa.
O padre Sérgio Torres, da equipa sinodal da Arquidiocese de Braga, referiu à Agência ECCLESIA que é preciso “interiorizar esta dinâmica que o Papa Francisco veio redespertar na vida da Igreja, que é o caminho sinodal”.
O responsável fala numa “nova forma de trabalhar, uma nova forma de agir da vida da Igreja”, que inspira o itinerário até 2033.
“É um caminho que se faz em conjunto, na sinodalidade, mas ao mesmo tempo permite que as comunidades possam, de uma forma muito mais concreta, nos seus próprios lugares, agarrar esta proposta que a diocese faz e sejam elas a traçar também o caminho”, indica.
A proposta deixa “seis trilhos” para as várias comunidades, visando aprofundar “a missão, o serviço, o acolhimento, a conversão ao Evangelho, a oração e a vida espiritual.
O padre Sérgio Torres aponta ainda à terceira Assembleia Sinodal, no próximo ano, assumindo que “há coisas que vieram para ficar”.
“Há aqui um trabalho novo, que implica uma certa desconstrução da forma como trabalhávamos habitualmente”, realça.
CB/OC
