Braga: Arquidiocese disponível para encontrar solução relativamente ao «Bairro dos Ciganos»

Responsáveis lamentam «triste situação de vida» dos moradores

Foto: Diário do Minho

Braga, 19 nov 2018 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga manifestou hoje, em comunicado, disponibilidade para encontrar uma solução relativa ao chamado “Bairro dos Ciganos”, localizado no Monte do Picoto.

“A Arquidiocese de Braga comunga da ideia e abraça o ideal de para todos se conseguir uma habitação condigna. Lamenta profundamente a triste situação de vida a que estão sujeitos os moradores do Bairro dos Ciganos”, assinala a nota, enviada à Agência ECCLESIA, que é assinada pelo responsável pelos Bens Patrimoniais da Arquidiocese de Braga, cónego José Paulo de Leite Abreu.

A posição surge após notícias recentes sobre esta situação, com referências às más condições de habitabilidade de muitos dos moradores, e a um esclarecimento tornado público, após reunião da Câmara de Braga, de que a edilidade nada poderia fazer por não lhe pertencerem os terrenos em que as habitações estão situadas.

A arquidiocese minhota sustenta que “há muito se mostrou e continua a mostrar disponível para um diálogo que possa conduzir a uma solução positiva, conciliadora de tudo o que é defensável”, ou seja, “a dignidade dos moradores, num cenário que albergue a caridade sem menosprezo pela justiça”.

“A Arquidiocese de Braga continua a acreditar na vontade efetiva da Câmara em solucionar os muitos problemas que no Monte Picoto têm palco; e acredita que a Câmara Municipal de Braga, assim o deseje, conseguirá atingir o duplo objetivo de a ninguém lesar”, pode ler-se.

O Bairro do Picoto acolhe famílias de etnia cigana desde 1998; os prédios que acolhem 80 famílias estão implantados em terrenos da Arquidiocese.

Numa reunião camarária, o presidente do município, Ricardo Rio, referiu que a autarquia e a Empresa Municipal de Habitação de Braga estão a tentar encontrar “uma solução de recurso”, depois da rejeição da candidatura que apresentou a fundos comunitários, para reabilitar o bairro social.

As casas, assinalou o edil, continuam em situação ilegal.

OC

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Agência ECCLESIA

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