Um homem cujo percurso deve ser «um apelo a que todos gastem a vida ao serviço dos demais», disse D. Jorge Ortiga
Braga, 26 mai 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga celebrou hoje o centenário do nascimento do monsenhor António de Araújo Costa, primeiro vigário episcopal do Clero e que se destacou pela capacidade de “intuir as necessidades dos mais pobres”.
Durante a eucaristia em memória do “D. Prior”, esta tarde na Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, D. Jorge Ortiga recordou uma figura “apaixonada pelas Obras da Misericórdia”, cujo percurso deve ser “um apelo a que todos gastem a vida ao serviço dos demais”.
Segundo a homilia do prelado minhoto, enviada à Agência ECCLESIA o monsenhor António de Araújo Costa (1915–1988) evidenciou-se “sobretudo na atenção às crianças, a quem os pais nem sempre podiam proporcionar momentos de convívio e de aprendizagem para uma vida alicerçada nos valores humanos e cristãos”.
Entre outros projetos, foi responsável pelo lançamento do Centro de Iniciação Vocacional da Colegiada; do Centro Pastoral D. António Bento Martins Júnior e do Campo de Férias João Paulo Mexia, junto ao Santuário da Penha, atualmente ao serviço do Corpo Nacional de Escutas.
Como vigário episcopal do Clero, nomeado por D. Eurico Dias Nogueira, esteve sempre ativo no apoio aos sacerdotes, encorajando os mais novos para o zelo apostólico, visitando os mais idosos e doentes, promovendo exercícios espirituais e outras atividades formativas.
Natural de Mouquim, no Concelho de Vila Nova de Famalicão, monsenhor António de Araújo Costa serviu durante o seu ministério sacerdotal diversas comunidades católicas, como as paróquias de Caldelas (Taipas), de São Clemente de Sande e de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, tendo em todas elas deixado “sementes” do seu labor.
Sementes que agora D. Jorge Ortiga exorta a Igreja Católica bracarense a cuidar e a fazer germinar, apostando também na “formação humana e cristã” das populações, na busca da “exigência no âmbito da espiritualidade e das opções de vida” e na construção de uma verdadeira comunidade, solidária com todos.
“Que o Mons. Araújo Costa nos desafie a mudar alguma coisa em termos pessoais e estruturais. Deixemo-nos de individualismos que vergonham a Igreja e mostremos um cristianismo, com limitações e deficiências, mas unido no essencial a trabalhar pelo bem da humanidade”, exortou o arcebispo.
JCP