Em Domingo de Páscoa, D. Jorge Ortiga aponta cinco caminhos para o futuro das comunidades católicas
Braga, 01 abr 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse hoje, na Missa do Domingo de Páscoa, que a Igreja Católica deve ter como marca “o acolhimento e a hospitalidade”, evitando ser vista como “burocrática e incapaz de compreender os dramas das pessoas”.
“Acredito que o acolhimento e a hospitalidade serão traços essenciais da Igreja de amanhã. Hospitalidade é a coragem de acolher as pessoas no ponto em que se encontram, com a diversidade de pensamento e fazê-lo sem preconceitos”, sustentou, na homilia que proferiu na Sé de Braga.
D. Jorge Ortiga começou por sublinhar a importância de anunciar a fé na ressurreição de Jesus.
“Sabemos hoje, com a segurança da fé, que Cristo ressuscitou. A notícia é de tal modo majestosa que deve ser partilhada por todo o mundo”, observou.
A esta fé, nas comunidades católicas, deve corresponder uma “inovação nas metodologias da evangelização e segurança nos princípios e valores” que se transmitem e que nem sempre correspondem aos que são propostos pela sociedade.
D. Jorge Ortiga apontou cinco “caminhos” para um tempo novo na Igreja Católica: a estrada da pobreza e humildade, a estrada do acolhimento, a estrada do diálogo com a cultura, a estrada da iniciação cristã e a estrada da comunhão.
Para o arcebispo primaz, é necessária uma Igreja “humilde”, capaz de reconhecer as suas fragilidades e de recomeçar, que assuma como objetivo a “reinvenção da linguagem que se exige nos tempos atuais”.
“As cinco estradas que agora proponho – e poderia indicar muitas outras – conduzem com esperança a Igreja para o ‘primeiro dia da semana’. O dia em que a Igreja fará a experiência do Ressuscitado e, com humildade, regressará ao espírito das bem-aventuranças. Rezo a Deus, e peço a todos os cristãos da nossa Arquidiocese, que esse tempo tenha início hoje mesmo. Hoje é, se assim o quisermos, o primeiro dia. Cristo ressuscitou, aleluia!”, concluiu.
OC
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