D. Jorge Ortiga presidiu a peregrinação ao Santuário do Alívio e defendeu maior «justiça social»
Braga, 21 set 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga mostrou-se hoje preocupado com as consequências do desemprego jovem e convidou à criação de mais espaços para as novas gerações na Igreja e na sociedade.
“É necessário inverter esta situação. É necessário acreditar neles e dar-lhes espaço para que transformem o nosso país e desenvolvam todas as suas capacidades e talentos”, declarou D. Jorge Ortiga, na homilia da Missa a que presidiu durante a peregrinação ao Santuário do Alívio, Soutelo.
O arcebispo primaz confessou que gostaria que as paróquias fossem “laboratórios criativos”, nos quais os jovens “pudessem debater e ensaiar processos de transformação da sociedade”.
“Temos referido constantemente que os jovens são o futuro da Igreja e da sociedade. Nem sempre este pensamento foi compreendido ou colocado em prático. Exorto, por isso, a que se criem espaços onde os jovens se sintam não só o futuro mas, desde já, o presente da Igreja e da sociedade”, referiu, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
D. Jorge Ortiga desafiou os peregrinos a assumir a responsabilidade, pessoal e comunitária, de “mostrar a força criativa da caridade”.
“Os pobres e carenciados não nos são indiferentes”, prosseguiu.
O também presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana firmou que a Igreja, “mais do que qualquer outra instituição”, conhece de perto os “dramas que afligem os cidadãos deste país: desemprego, pobreza e emigração”.
A homilia abordou a temática da justiça social, que é mais do que “dar a todos a mesma coisa” ou “aplicar acriticamente um conjunto de medidas políticas”, convidando a distinguir uma “economia de números” de uma economia centrada nas pessoas.
“As pessoas têm necessidades diferentes e requerem da nossa parte um tratamento personalizado. E esta relação sempre nova com as pessoas é o grande desafio do Evangelho”, precisou o arcebispo de Braga.
OC