Braga: Arcebispo pede a jovens e acólitos para «arregaçarem as mangas» e serem portadores de paz

D. José Cordeiro proferiu homilia, na Igreja de São Francisco (Guimarães), no Dia Arquidiocesano dos Jovens, data em que se realizou o 5.º Encontro Arquidiocesano de Acólitos

 

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 07 jul 2025 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, pediu este sábado, aos jovens e acólitos para arregaçarem as mangas e levarem a paz, na homilia da Missa celebrada na Igreja de São Francisco (Guimarães).

“Arregacem as mangas! O mundo precisa de jovens que não tenham medo de sujar as mãos por um bem maior, por uma fé verdadeira, por um amor que não é só palavra, mas vida concreta”, disse o responsável católico, depois de evocar o Evangelho de São Lucas, em que Jesus envia 72 discípulos em missão, e a Carta de São Paulo aos Gálatas.

O arcebispo de Braga proferiu a homilia no Dia Arquidiocesano dos Jovens, data em que se realizou o 5.º Encontro Arquidiocesano de Acólitos.

“Se estás à espera de te sentir ‘mais preparado’ para começar a missão… esquece! Jesus não enviou discípulos prontos — enviou discípulos missionários disponíveis”, referiu D. José Cordeiro.

D. José Cordeiro salientou que, deste mandato de Jesus, é possível intuir que “’todos, todos, todos’ são “peregrinos de esperança, porque ser peregrino faz parte” do ser de cada um “enquanto pessoas e enquanto cristãos”: “Faz parte do nosso ADN ser peregrinos, sempre em caminho”.

Mas que missão é essa? É ser portador de paz. Num mundo cheio de ruído — redes sociais, comparações, ansiedade, correria, guerras — a nossa presença pode ser de paz. Este é o sonho de Deus”, assinalou.

O arcebispo de Braga deu o exemplo de uma “imagem belíssima”, a partir do profeta Isaías (“Deus como mãe que consola o filho”), realçando que esta é a paz que todos são “chamados a levar: não a ausência de conflito, mas a presença do consolo”.

“Uma palavra certa. Uma escuta verdadeira. Um abraço que não julga. Não é preciso gritar para evangelizar. Às vezes, basta estar. Basta escutar. Basta amar”, desenvolveu.

Pautando a homilia com referências a discursos do Papa Leão XIV, D. José Cordeiro ressaltou que os jovens são chamados a ser peregrinos “em todos os contextos da vossa vida, nunca sozinhos, mas sempre dois a dois ou mais e, por isso, sempre acompanhados por modelos de peregrinos missionários de Jesus, sobretudo dos santos, para não ficarem acomodados, mas ousarem arriscar sempre mais por Jesus e com Jesus”.

Foto: D.R.

“Deste modo, não somos apenas jovens e acólitos, nem apenas peregrinos, mas seremos verdadeiramente cristãos que arriscam a vida para serem peregrinos da Esperança que é Jesus!”, afirmou, acrescentando que o são, de facto, justificando que saíram de casa, de comunidades de fé, de cada um dos 13 arciprestados, para rumarem à cidade de Guimarães.

O arcebispo de Braga lembrou aos jovens de Braga que está cada vez mais perto a ida a Roma, a propósito do Jubileu dos Jovens (28 de julho a 3 de agosto), destacando que “o mais importante” é perceber que não vão enquanto “turistas da fé”.

“Vamos como enviados. Como discípulos missionários. Como trabalhadores da seara. Ides passar por muitas terras, pernoitar em espaços que são vossos de coração, com os desafios naturais de uma jornada desta natureza”, frisou.

D. José Cordeiro conta com o entusiasmo dos jovens para “uma pastoral juvenil que seja de sementeira de futuro” na arquidiocese.

De acordo com o arcebispo de Braga, “o Jubileu não é um objetivo a cumprir, muito menos um evento para o teu ‘curriculum espiritual’, é uma experiência de envio, com um único propósito: Ser mais de Deus”.

“Caríssimos jovens e acólitos da nossa querida Arquidiocese, com a intercessão da Virgem Santa Maria de Braga, bem como dos jovens Bernardo Vasconcelos e Francisco Marto, sintamo-nos impelidos a partir deste encontro de jovens e de acólitos de coração renovado, com espírito de peregrinos de esperança, para transfigurarmos o mundo, como servidores do Servidor que é Jesus, a nossa Esperança”, expressou.

“Por isso, levantem-se. Arregacem as mangas. Levem paz. Façam nascer o Reino. E com alegria no coração e os pés prontos para caminhar… Vemo-nos em Roma no Jubileu dos Jovens!”, concluiu.

LJ/OC

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