D. Jorge Ortiga mobiliza comunidades a terem «perfil missionário na sua estrutura orgânica»
Braga, 16 jul 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga escolheu um sacerdote e um casal para serem a equipa missionária da arquidiocese que vai assumir a coordenação pastoral da Paróquia de Santa Cecília de Ocua, em Moçambique, nas nomeações do ano pastoral 2018-2019.
“Pretendemos uma colaboração com a Igreja Universal e para isso comprometemo-nos com a paróquia de Sta. Cecília de Ocua, Diocese de Pemba, Moçambique”, explica D. Jorge Ortiga, afirmando que todas as comunidades “devem ter um perfil missionário na sua estrutura orgânica”.
Neste contexto, o bispo diocesano nomeou o padre Paulino Carvalho, por mais um ano, e o casal Rui Vieira e Susana Magalhães para a coordenação pastoral da paróquia moçambicana, nos termos e condições do Acordo de Cooperação Missionária assinado com a Diocese de Pemba.
“Espera-se uma presença da Arquidiocese de Braga nessa comunidade com sacerdotes e leigos que voluntariamente ofereçam um período da sua vida. Sem esta disponibilidade generosa, e talvez sacrificada, não conseguiremos respeitar o compromisso assinado”, assinala.
No âmbito missionário de destacar que a Arquidiocese de Braga dispõe de cinco sacerdotes angolanos que já presidem a 19 comunidades paroquiais e a quem querem “proporcionar condições para que possam continuar os seus estudos”.
Nos últimos anos pastorais, realça D. Jorge Ortiga, o percurso da Arquidiocese de Braga tem sido norteado pela “redescoberta da identidade cristã”, procurando uma maior consciencialização da vocação de discípulos missionários.
Nas nomeações para o ano pastoral 2018-2019, o arcebispo refere que a “estabilidade e disponibilidade para a missão” são elementos constitutivos no dinamismo da vocação sacerdotal e os presbíteros foram ordenados para servir a Igreja, “na Arquidiocese de Braga, em qualquer lugar e onde as necessidades surgirem”.
D. Jorge Ortiga explica que as mudanças convidam o presbitério a “repensar a disponibilidade interior” e as comunidades “a viverem uma memória agradecida”.
O arcebispo observa que têm “muitas carências” e precisam de mais sacerdotes, por isso, afirma que as paróquias “têm necessidade de se abrirem a uma nova forma de agir pastoral”, como as unidades paroquiais.
“Não devemos ter medo da criatividade e da inovação. Deus não abandona o Seu povo”, escreve no documento publicado no sítio online da Arquidiocese de Braga.
Das nomeações destaca-se também o padre Jorge Esteves, que foi nomeado Coordenador do Serviço Arquidiocesano de Apoio à Família (S.A.A.F.), e os sacerdotes José Cardoso e Pedro Marques que vão estudar para Roma, respetivamente para a Faculdade de Teologia e a Faculdade de História, da Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
A Arquidiocese de Braga informou também que hoje tomou posse o novo Colégio de Arciprestes, para os próximos cinco anos, no Centro Apostólico do Sameiro.
Aos responsáveis dos 14 arciprestados, D. Jorge Ortiga recordou que há equipas obrigatórias – catequese, liturgia, ação social, pastoral vocacional, jovens e vocações – e acrescentou o setor da comunicação social, “tão importante e fácil de concretizar com o recurso a leigos”.
“Ao pedir o pleno funcionamento destas equipas, penso, sobretudo, nos leigos que temos ou que importa descobrir. Há tantos talentos! Importa confiar e não solicitar uma simples colaboração mas reconhecer a dignidade batismal que os corresponsabiliza”, desenvolveu.
O arcebispo de Braga pede que se acredite e formem leigos “segundo o espírito dos Estatutos e dos principais objetivos a alcançar”.
CB