«Este ano, esta Missão tem ainda mais sentido», escreve D. Jorge Ortiga
Braga, 20 jul 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga anunciou a nomeação de uma nova equipa missionária para a paróquia de Santa Cecília de Ocua, na Diocese de Pemba, Moçambique, onde a diocese portuguesa assume uma colaboração, há cinco anos.
“Este ano, esta Missão tem ainda mais sentido, tendo em conta que, com a pandemia, a presença missionária é ainda mais necessária, e também devido ao conflito em Cabo Delgado, que tem fustigado o norte da província/Diocese de Pemba e nos quais a Igreja Católica tem tido um papel muito importante de presença e de denúncia dos mesmos”, escreve D. Jorge Ortiga, no decreto de nomeações para o ano pastoral 2020/2021, publicado no site arquidiocesano.
O arcebispo primaz destaca a necessidade de uma “presença constante” na comunidade moçambicana, com sacerdotes e leigos que voluntariamente ofereçam um período da sua vida.
“Sem esta disponibilidade generosa, e por vezes sacrificada, não conseguiremos respeitar o compromisso assinado. É importante não abandonar o nosso povo irmão, mantendo, obviamente, a equipa missionária em segurança”, acrescenta.
A Equipa Missionária da Arquidiocese de Braga vai assumir a coordenação pastoral da Paróquia de Santa Cecília de Ocua, nos termos e condições do Acordo de Cooperação Missionária assinado com a Diocese de Pemba.
Os elementos nomeados por D. Jorge Ortiga são o padre Manuel António Pinheiro Faria, da paróquia de Santa Eulália de Nespereira; Andreia Sofia Pereira Guimarães de Araújo, da paróquia de Santa Maria Maior e Sé Primaz; e Maria de Fátima Lima de Castro, da paróquia de Santo Emilião.
O decreto anuncia alterações em várias paróquias da Arquidiocese minhota, destacando ao clero que “a paixão pela Igreja acaba por estar acima de tudo”.
O arcebispo de Braga como prioridade a criação de equipas de presbíteros, sem “nenhum sacerdote isolado e entregue à sua vida particular”.
“As nomeações mostram a intenção. Assim, a alegria de viver uns com os outros para servir melhor o Povo de Deus aconteça em muitos lugares”, aponta.
D. Jorge Ortiga insiste nas “unidades presbiterais”.
“O trabalho, a organização e a programação pastoral são uma consequência desta decisão primeira. Gostaríamos que todo o presbitério acreditasse na interdependência das vidas, não de modo ocasional ou esporádico, mas constante, mesmo que exigindo sacrifícios. É o modo de ser padre para os dias de hoje”, escreve.
OC