Braga: Arcebispo lamenta ataques à família

D. Jorge Ortiga destaca fraturas provocadas por novos modelos e consequências do aumento de divórcios

Braga, 20 abr 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou hoje na catedral diocesana que os “novos modelos” familiares estão a provocar fraturas na Igreja e na sociedade, alertando para as consequências do maior número de divórcios

“Infelizmente, nós sabemos que a denominada ‘família tradicional’, composta por um pai, uma mãe e os respetivos filhos, encontra-se hoje fraturada em novos modelos familiares, gerada sobretudo pelo cancro do divórcio”, declarou D. Jorge Ortiga, na homilia da Missa do Domingo de Páscoa.

O arcebispo primaz sublinhou que a família “não é uma amálgama de pessoas com afinidades”, mas “um jardim florido a cultivar e a preservar constantemente”.

“A Ressurreição de Cristo também acontece hoje quando ele se faz presente no seio familiar”, acrescentou.

D. Jorge Ortiga convidou os cristãos à “entrega radical de si aos outros”, mantendo sempre a união a Jesus.

“É verdade que nós muitas vezes até vivemos os valores cristãos, mas abandonamos Cristo, desligando-nos da fonte. E o curso de discipulado não é outra coisa senão um curso intensivo de amor”, precisou.

O prelado aludiu, neste contexto, ao facto de Pedro não completar o “curso de engenharia apostólica” de Cristo.

“Em vez de estar com Cristo durante a sua Paixão, preferiu fugir e juntar-se à multidão, deixando assim para trás algumas unidades curriculares que lhe permitiriam terminar com excelência aquele curso”, explicou.

“Peçamos então ao Senhor que nos conceda a ‘alegria do amor’, para fazermos da nossa família uma escola que forma verdadeiros apóstolos de Cristo, os quais, tal como o girassol, gravitam sempre em torno do Ressuscitado”, concluiu D. Jorge Ortiga.

No sábado, durante a Vigília Pascal, o arcebispo de Braga afirmou que o maior atentado à vida cristã é o “pecado da instalação”.

“Daí que a Ressurreição nos exija um movimento de saída para mudarmos a realidade e não conformarmo-nos com ela. Estar com o mundo e mostrar-lhe a compatibilidade entre a fé e a razão é um dever”, declarou.

OC

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Agência ECCLESIA

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