Esposende, Braga, 18 mai 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga convidou este domingo a um compromisso dos católicos em favor do bem comum e explicou que isso significa “acreditar” e gastar as energias “no bem de todos”.
“Comprometer-se pelo bem comum significa acreditar que encontro o que preciso quando me descentralizo e despendo as energias no bem de todos. Nunca encontramos uma realização plena em nós próprios, só trabalhando “com” e “para” os outros conseguiremos experimentar uma felicidade perene”, disse D. Jorge Ortiga este domingo no Santuário de Nossa Senhora da Guia, durante a peregrinação arciprestal de Esposende.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o arcebispo primaz assinalou que se a responsabilidade pelo bem comum é de todos, então é necessário “reconhecer” que o verdadeiro bem comum “trabalha-se na luta pelo respeito e pela promoção integral da pessoa e dos seus direitos fundamentais”.
O também responsável pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana recordou alguns princípios do compêndio da Doutrina Social da Igreja mas frisou que “fundamental” é reter que o bem comum “empenha ‘todos os membros da sociedade’” e todos têm de colaborar mediante as “próprias possibilidades”.
“O bem comum é tarefa de todos e destina-se a todos. É esta cidade dos homens que Deus quer e que a Igreja está empenhada em construir”, observou o arcebispo de Braga.
O prelado recordou a expressão “mundanismo espiritual”, usada pelo Papa Francisco, na exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, e destacou que o cristianismo “deve levar” à missão do bem comum “feita com alegria e entusiasmo”.
“A fé passa por aqui. Não podemos nunca contentar-nos com o dualismo do “mundanismo espiritual, por nosso intermédio o mundo deve ser diferente”, acrescentou na homilia da peregrinação arciprestal de Esposende ao Santuário de Nossa Senhora da Guia.
D. Jorge Ortiga assinalou que as peregrinações não se podem pautar pela “esterilidade e por orações e homilias inúteis” porque são uma “oportunidade singular” para dar um ritmo novo às vidas das pessoas e das comunidades.
Neste contexto, explicou que por presidir a “quase todas” as peregrinações arciprestais vai sublinhar em cada uma “alguns aspetos” do compêndio da Doutrina Social da Igreja.
CB/OC