D. Jorge Ortiga desafiou clero diocesano a ir ao encontro das feridas da sociedade
Braga, 29 mar 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga denunciou hoje, na Missa Crismal, os “esquemas indignos” que aprisionam os mais desfavorecidos, convidando os membros do clero a ir ao encontro das feridas da sociedade.
“A sociedade vai prendendo as pessoas a dependências e atitudes que deveriam envergonhar. As crónicas dos jornais mostram como se caminha com ilusões e elaborando esquemas indignos que aprisionam”, disse D. Jorge Ortiga, na homilia da celebração matinal da Quinta-feira Santa, enviada à Agência ECCLESIA.
O arcebispo primaz disse que os padres devem “proclamar a libertação” e “denunciar realidades escandalosas”.
“Somos reparadores de brechas, curadores dos males e corremos ao encontro dos corações atribulados. É no íntimo que o homem moderno está ferido”, assinalou.
Na celebração que decorreu na Catedral bracarense, D. Jorge Ortiga afirmou que os sacerdotes não podem esquecer que devem ser “alegres na esperança”.
A intervenção recordou ainda o próximo Sínodo dos Bispos sobre ‘A fé, os jovens e o discernimento vocacional’ para pedir “maior atenção” aos jovens.
Segundo o responsável da arquidiocese minhota, não se pode que permitir que haja “alguma paróquia sem um grupo de jovens”.
A Missa Crismal reúne todo o clero da Arquidiocese, numa celebração em que são consagrados os Santos Óleos.
D. Jorge Ortiga pediu aos sacerdotes “disponibilidade para a missão” de proximidade às pessoas.
“As pessoas não aparecem? Pode parecer verdade. Mas quando há disponibilidade, por vezes sem horários pré-estabelecidos, os corações abrem-se e a consolação acontece”, observou.
OC