D. Jorge Ortiga liga celebração do Natal à «salvaguarda dos mais frágeis»
Braga, 09 dez 2019 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga defendeu este domingo mudanças legislativas para travar a violência doméstica em Portugal, falando durante a celebração da solenidade litúrgica da Imaculada Conceição, no Santuário do Sameiro.
“Penso no crescente número de casos de violência doméstica que acabam inevitavelmente por ofender a vítima a título individual, mas também a estrutura familiar, num sentido mais amplo. É necessária uma legislação mais restritiva, uma vigilância cuidada dos vizinhos e familiares mais próximos, assim como a intervenção efetiva, quando necessária, das forças de segurança”, referiu D. Jorge Ortiga, numa intervenção divulgada pela Arquidiocese de Braga.
O responsável associou-se o tempo de preparação para o Natal, que se vive na Igreja Católica, à necessidade de “salvaguardar dos mais frágeis”, desejando uma “atmosfera educativa e cultural que promova a sadia convivência”.
“A violência doméstica desaparecerá quando as crianças nascerem e crescerem em ambientes que respeitem a individualidade das pessoas. Não é com atitudes de cada um vive como quer que a família será um lugar de paz”, advertiu o arcebispo primaz.
D. Jorge Ortiga deixou votos de que este Natal seja “uma oportunidade para repensar o amor”, convidando todos a imitar o exemplo de Maria, para “oferecer Jesus ao mundo”.
“Com Maria, queremos preparar o Natal. Este ano quero deixar uma proposta muito concreta. O presépio tem uma carga simbólica muito grande. Teremos de o preparar e acolher todas as suas lições, convertendo-nos e aproximando-nos mais de Maria, a toda pura, a primeira cristã”, acrescentou.
O arcebispo de Braga questionou ainda a falta de “imagens elucidativas e evocativas” sobre o espírito de Natal, nas cidades.
OC