D. Jorge Ortiga presidiu ao Jubileu das Misericórdias, Confrarias e Irmandades
Braga, 21 mai 2016 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga destacou hoje a importância das Misericórdias, Confrarias e Irmandades na sociedade e na Igreja na celebração do seu jubileu, no Santuário do Sameiro.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Jorge Ortiga destacou que as Misericórdias, Confrarias e Irmandades são “essenciais” embora a dimensão associativa dos cristãos tenha “diminuído imenso” e “muitas” confrarias se tenham perdido.
“Esta nova caracterização sociológica do tempo em que vivemos as pessoas dispersam-se e não querem assumir compromissos”, lamentou o prelado, assinalando que mesmo assim, nas comunidades/paróquias existem essas associações de fiéis, confrarias nos 14 arciprestados da arquidiocese, onde também contam com 17 Santas Casas da Misericórdia.
“Desempenham um papel importante porque de harmonia com os estatutos têm determinados objetivos e finalidades. Algumas de ordem religiosa, que é muito importante de ligação afetiva dos irmãos e irmãs mas depois outros compromissos mais exteriores, realização de festas, um papel também de formação e compromisso”, desenvolveu o arcebispo de Braga, no Jubileu das Misericórdias, Confrarias e Irmandades.
Num encontro realizado, no âmbito do Jubileu da Misericórdia que a Igreja Universal celebra até 20 de novembro, com “quase 200 associações de fiéis”, que D. Jorge Ortiga explica que prepararam um encontro onde a “dimensão da formação” tem destaque porque querem “insistir que os cristãos hoje se associem e na sociedade procurem trabalhar e atingir os objetivos que os estatutos sugerem”.
O prelado, que é também o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, comentou ainda o “papel imprescindível” das Santas Casas da Misericórdia na sociedade portuguesa que aliam à história “juventude e pujança” nas suas diversas áreas – idosos, crianças, mais frágeis, mais abandonados – e “procuram viver a própria fé” nessa vertente com “um Deus com rosto misericordioso”.
“É uma autentica aventura, infelizmente extremamente necessária perante as necessidades que caracterizam a população da nossa sociedade e é uma maneira da Igreja responder”, acrescentou o arcebispo de Braga.
O Jubileu das Misericórdias, Confrarias e Irmandades da Diocese de Braga realizou-se em peregrinação em direção ao Sameiro e D. Jorge Ortiga considerou “maravilhoso” a multidão multicolor, cada uma com as suas características visíveis exteriormente.
“Esta variedade de serviços que existem na Igreja, e devem existir, este reconhecer que somos todos diferentes mas nestas diferenças estamos a prestar um serviço ao bem comum, ao bem da Igreja e ao bem da sociedade”, observou.
O arcebispo da Diocese de Braga acrescentou ainda que o Ano Santo da Misericórdia é dos jubileus que “tem tido melhor acolhimento na história da Igreja” onde as pessoas são convidadas a entrar nos lugares jubilares “por causa de Cristo” e depois sair “ao encontro do pobre desconhecido, da pessoa sozinha e isolada, das pessoas preocupadas por causa do desemprego, entrar nas casas onde o pão não chega”.
“É essencialmente este apelo que o coração de Jesus misericordioso esteja na sociedade e que os cristãos não tenham medo de sujar as mãos”, concluiu D. Jorge Ortiga.
LFS/CB