Braga: Arcebispo apela à partilha na Quaresma

D. Jorge Ortiga destina donativos dos fiéis ao fundo solidário «Partilhar com Esperança»

Braga, 09 fev 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga desafiou as comunidades católicas a fazer da Quaresma, que se inicia na quarta-feira, um tempo de partilha e compromisso “com a Igreja e com o bem da sociedade”.

“Continuaremos, perante os inúmeros pedidos de ajuda, a destinar a renúncia quaresmal para o nosso Fundo «Partilhar com Esperança» e, numa manifestação da consciência missionária, apoiaremos as diversas iniciativas para concretizar o protocolo de cooperação com a diocese de Pemba, Moçambique”, adianta D. Jorge Ortiga, na sua mensagem, enviada à Agência ECCLESIA.

O arcebispo primaz convida os fiéis a acolher a Caminhada Quaresmal preparada pela Comissão Arquidiocesana para a Pastoral Litúrgica e Sacramentos.

A Quaresma, que se inicia com a celebração de Cinzas (10 de fevereiro, este ano), é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.

Neste contexto surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

A mensagem de D. Jorge Ortiga, com o título ‘Discípulos missionários em conversão de coração’, realça que “a misericórdia se expressa na partilha de bens materiais, como consequência de renúncias concretas ao supérfluo ou desnecessário”.

Na sua reflexão, o arcebispo de Braga sublinha que o atual contexto cultural e social tem vindo a impor uma “sede de autonomia, agravada por mecanismos de arrogância de personalidade”.

“Negligenciamos, infelizmente, qualquer apelo à interioridade e a reconhecer, com humildade, a necessidade de mudar de rumo. Na linguagem cristã, este movimento interior é sinónimo de conversão”, precisa.

D. Jorge Ortiga apontou a fraternidade e a capacidade de escutar o outro como elementos fundamentais para a conversão, para que a comunidade cristã possa tornar-se “missionária”.

OC

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Agência ECCLESIA

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