Arcebispo preside às celebrações da Semana Santa pela primeira vez, na arquidiocese minhota, evocando «tradições muito antigas, mas não antiquadas»
Braga, 10 abr 2022 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse hoje na celebração dos Ramos, a que presidiu na catedral arquidiocesana, onde elogiou as tradições ligadas à Semana Santa, no território, e destacou a ligação destas celebrações com a fé na ressurreição.
“Lançamos as folhas de oliveira à cruz, sinal da paz e da reconciliação. A cruz abre a porta da vida plena. A Páscoa e a cruz interligam-se”, disse D. José Cordeiro, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
“Os ensinamentos da paixão confirmam-nos na vida eterna, mesmo nos momentos de solidão, garantindo-nos a presença salvadora de Deus”, acrescentou.
O arcebispo primaz, que tomou posse em fevereiro e preside pela primeira vez às celebrações de Semana Santa em Braga, destacou que este é “o coração do Ano Litúrgico”.
“Aqui em Braga a tradição é feita de tradições muito antigas, mas não antiquadas, que expressam publicamente a fé da Igreja”, precisou.
Viemos em procissão com os ramos benzidos e antes de entrarmos na Catedral, numa particularidade litúrgica da nossa Igreja bracarense, bati com a própria Cruz primacial na porta, que se abriu como símbolo de Jesus Cristo, a Porta das portas da vida eterna”.
D. José Cordeiro evocou as práticas que, durante a Quaresma, ajudaram a preparar este ciclo celebrativo – a penitência, a oração, a lectio divina, o lausperene da adoração eucarística, a via-sacra, a esmola, a renúncia, a partilha, o jejum, a abstinência.
“A fé cuida o sentido da vida e da humildade na verdade da nossa relação com Deus, como acontece desde a iniciação cristã”, observou.
A intervenção evocou o cenário de conflitos armados, que marca a atualidade internacional.
“Neste tempo tão duro de guerra, na Ucrânia e em muitos lugares do mundo, continuamos a pedir ao Senhor, a coragem da Paz”, declarou D. José Cordeiro.
A Igreja Católica inicia hoje, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.
OC