D. Teodoro defendeu as tradições da Madeira, contra os interesses alheios ao religioso e que só pensam nos ganhos económicos, aproveitando-se das nossas festas religiosas. O Bispo do Funchal falava ao povo do Curral das Freiras reunido na sua igreja paroquial, ao presidir a solene Eucaristia da Festa de Nossa Senhora do Livramento, sua padroeira. Segundo D. Teodoro, há bem pouco tempo foi feita numa paróquia que não identificou, uma festa que «foi uma vergonha». «Vergonha» pelas somas elevadas aplicadas, pelos cantores importados que «cobram fortunas», e pelas salvas prolongadas de fogo de estalo, pelos exageros nas ornamentações e iluminações eléctricas. Frisou bem o bispo que não é contra estas expressões exteriores de alegria, pois fazem parte da nossa tradição, mas os seus excessos são contra os objectivos e finalidades directas das festas religiosas, que são honrar a Deus e aos Padroeiras, agradecer favores, e fomentar a convivência humana. Admitiu ainda o bispo que nem todos os gastos duma festa devem pertencer à comunidade paroquial, observando mesmo, que alguns deles deveriam ser suportados pelas mesmas Câmaras Municipais. Citou como exemplo, o pagamento à PSP em lugares públicos que nada têm a ver com a Igreja, e que estão a encarecer as festas.