Arcebispo de Braga quer assinalar classificação como Património Mundial em dois eventos, no dia 6 e 13 de setembro, e a confraria vai continuar a «conservar e cuidar»
Braga, 09 jul 2019 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga afirmou hoje que o Bom Jesus do Monte é um “tesouro” e anunciou que vai assinalar a classificação do Santuário como Património Mundial em dois eventos, no dia 6 e 13 de setembro.
“Sabíamos que tínhamos aqui um tesouro”, disse D. Jorge Ortiga durante uma conferência de imprensa da Confraria do Bom Jesus do Monte, a Câmara Municipal de Braga e a Arquidiocese de Braga no contexto da classificação do Bom Jesus como Património Mundial.
D.Jorge Ortiga recordou que quando a requalificação do Santuário e do espaço envolvente iniciou, foi “pela necessidade de requalificação” e considera a classificação do Bom Jesus do Monte como “um sonho realizado”, que quer assinalar.
O arcebispo de Braga deseja “agradecer a todos os que permitiram que o sonho do Bom Jesus ser declarado Património da Humanidade tenha sido possível” e anunciou a realização de dois eventos, um no dia 6 de setembro e outro no dia 13 do mesmo mês.
D. Jorge Ortiga quer “fazer da gratidão uma festa”, primeiro no 6 de setembro para afirmar o “reconhecimento público pelo caminho que foi percorrido”, e depois no dia 13 do mesmo mês com uma “festa para o povo”, que “possa atrair muita gente, para cantar os parabéns ao Bom Jesus e a todos os que colaboraram”,
O presidente da Câmara Municipal de Braga manifestou o seu regozijo pela inscrição nas listas da UNESCO do Bom Jesus e desejou que essa distinção ajude à “interação e fruição dos bracarenses e dos visitantes”.
Ricardo Rio recordou que o município deu o contributo que estava ao seu “alcance” no decorrer da candidatura do Bom Jesus a Património Mundial, garantindo a “integridade da paisagem”, agora com a promessa de continuar a cuidar, nomeadamente na prevenção de incêndios.
“Conservar e cuidar” um “verdadeiro tesouro que é de todos e deve estar ao serviço de todos” são os propósitos da Confraria do Bom Jesus, expressos pelo seu vice-presidente.
De acordo com o padre Mário Martins, a classificação da UNESCO cria uma “responsabilidade acrescida na preservação do património”.
“Reafirmamos hoje a certeza de que se inaugura a partir daqui um novo caminho, certamente ainda mais desafiante, mais exigente, mas sempre maravilhoso e sempre rumo ao encontro que realiza, cura e renova o coração de cada homem”, afirmou.
Para o padre Mário Martins, os 26 hectares que compõem o património do Bom Jesus do Monte têm um “forte cunho religioso” e são uma “ponte que permite o encontro com toda a sociedade civil nas suas mais diversas dimensões e manifestações».
A conferência de imprensa realizada esta tarde diante da Basílica do Bom Jesus foi também uma oportunidade para recordar o anúncio da inscrição de todo o complexo na lista do Património Mundial da UNESCO e referir as opções da confraria até 2022.
Varico Pereira, secretário da Confraria do Bom Jesus, disse que as linhas estratégicas para o futuro estão relacionadas com a conservação do património, nomeadamente os “perigos que os incêndios podem representar”.
O secretário da confraria anunciou a criação de “bolsas de estacionamento” à entrada do monte e de “transportes alternativos para a subida”, onde inclui o escadório que identifica o espaço.
Varico Pereira disse ainda que, até 2022, vai ser construído o “espaço de interpretação do Bom Jesus”, na antiga Casa dos Correios, e anunciou que será criado um Conselho Consultivo para apoiar a Confraria do Bom Jesus e a Arquidiocese de Braga na gestão do Bom Jesus do Monte.
No dia 7 de julho, o Bom Jesus do Monte e o Palácio Nacional de Mafra foram inscritos na Lista de Património Mundial da NESCO.
PR
Portugal: Palácio Nacional de Mafra e Santuário do Bom Jesus de Braga são Património Mundial