Padre Luis Espinal foi voz «incómoda» em defesa da liberdade, disse Francisco
La Paz, 08 jul 2015 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje na Bolívia o sacerdote jesuíta espanhol Luis Espinal Camps, morto em 1980 por causa do seu trabalho em defesa dos Direitos Humanos.
Durante o trajeto entre o aeroporto de El Alto e a capital La Paz, Francisco efetuou uma paragem junto ao local do assassinato do membro da Companhia de Jesus, à qual também pertence.
“Parei aqui para vos cumprimentar e sobretudo para recordar um irmão nosso, vítima de interesses que não queriam que se lutasse pela liberdade”, disse às centenas de pessoas reunidas no local.
O padre Espinal, assinalou, “pregou o Evangelho e esse Evangelho incomodou, por isso o eliminaram”.
Francisco pediu um minuto de silêncio, “em oração”, e depois rezou para que “o Senhor tenha na sua glória o padre Luis Espinal, que pregou o Evangelho, esse Evangelho que nos traz a liberdade, que nos faz livres”.
O jesuíta espanhol, que chegou à Bolívia em 1962, tomou várias posições públicas contra a ditadura, acabando por ser detido, torturado e assassinado por paramilitares.
O seu corpo sem vida foi encontrado a 22 de março de 1980 no troço de estrada onde o Papa parou esta noite.
OC