Bolívia: Caritas activa plano de assistência humanitária às vítimas das inundações

Prossegue o estado de emergência em diversos distritos da Bolívia, após as graves inundações que abalaram o país nas últimas semanas. A Caritas Bolívia está a realizar um plano de emergência humanitária para ajudar as vítimas das inundações. As equipas de trabalhadores e os voluntários da Caritas distribuem produtos de primeira necessidade, nomeadamente bens alimentos, medicamentos e roupas, a cerca de 30 mil vítimas dos distritos de Santa Cruz, La Paz, Beni, Chuquisaca, Oruro, Potosí, Cochabamba, Tarija e Pando. A segunda fase deste plano de emergência, que vai ter início quando as águas aaixarem, prevê a distribuição de sementes e equipamentos agrícolas em cerca de 90 comunidades rurais atingidas pelas inundações, de etnia quechua, aymarás e guaranì, que residem em áreas distantes dos maiores centros habitados. A Caritas Bolivia está também a ajudar os desalojados no contexto de um plano nacional, coordenado pela Defesa Civil Boliviana, à qual pertence. Esta nova catástrofe, que as autoridades do país estimam tenha atingido mais de 53 mil famílias, e provocado a perda de 60% das culturas – soma-se a outras crises registadas na região amazónica da Bolívia nos anos 2006 e 2007, que causaram muitos danos às comunidades indígenas. A Caritas Espanha, que há anos colabora com a Caritas Bolívia, está a apoiar este plano de emergência, destinando 100 mil euros provenientes de seus fundos especiais de emergência. Também a Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou à comunidade internacional, em nome da Bolívia, a doação de 18,2 milhões de dólares para a assistência às vítimas. No total, a ajuda prevê 30 projectos humanitários que serão lançados nos próximos seis meses por oito agências das Nações Unidas e oito Organizações Não-governamentais. (ONG). Perante os desastres causados pelas intensas chuvas que caíram nas duas últimas semanas, o debate político entre o governo e a oposição esteve suspenso. Uma escolha feita com base na consciência de que não se pode privilegiar interesses políticos, regionais ou locais, quando é necessário o empenho de todos para enfrentar a situação. As chuvas incessantes, ligadas ao fenómeno climático “La Niña”, causaram, desde Novembro, 61 mortes e provocaram danos a 73.000 famílias. As cheias e as chuvas provocaram também a destruição de parte das estradas do País, a morte de milhares de cabeças de gado e a perda de hectares de plantações. Com Fides

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