Monsenhor José Vaz Pinto foi ordenado sacerdote em 23 de Abril de 1950. A efeméride vai ser assinalada pela Comunidade da Basílica dos Congregados, em Braga, onde colabora desde o ano de 2009. Às 19h00 desse mesmo dia, o sacerdote preside a uma celebração da Eucaristia seguindo-se um jantar-convívio, para que estão abertas as inscrições, em número limitado, na Secretaria da Basílica.
José Vaz Pinto nasceu em Celeirós, no concelho de Braga, em 30 de Dezembro de 1925. Depois de ter frequentado a Escola Primária da sua terra natal, em 3 de Outubro de 1936 entrou no Seminário do Coração de Maria, em Santo António de Serém (Águeda).
Em 1939 passou para o Convento de Alpendurada (Entre-os-Rios) e em 1942 iniciou os estudos de Filosofia nas Termasde São Vicente, prosseguindo estudos, em 1943, em Jerez de los Caballeros (Badajoz, Espanha). Ordenado sacerdote na catedral de Badajoz em 23 de Abril de 1950, cantou Missa Nova em Celeirós, no dia 27 de Agosto de 1950.
Teve, então, de resolver problemas de saúde, pelo que houve de descansar durante cinco meses nas Penhas da Saúde (Covilhã) e um ano no Caramulo. Entre 1952 e 1955 ensinou Filosofia no Instituto Claretiano da Rua de Fez, no Porto. Nomeado professor no Seminário do Coração de Maria e no Colégio Internato dos Carvalhos, aí permaneceu até 1959, acumulando a administração dos dois estabelecimentos de ensino e também da Colónia Infantil.
Parte notável do seu ministério sacerdotal foi exercida junto de comunidades de emigrantes portugueses, em França e na Inglaterra. Permaneceu em Paris e Versalhes entre 1959 e 1978 onde, com o padre Joaquim Monteiro Saraiva, lançou os alicerces da Missão Católica Portuguesa. Fundou e dinamizou o jornal “Voz da Saudade”. Criou o Centro de Acolhimento “L’Ami” para os portugueses, na estação de Austerlitz, e o Movimento de Solidariedade Cristã (MSC) destinado a acolher e a orientar os emigrantes clandestinos que chegavam a França.
Colocou na Prefeitura de Paris um funcionário português, em serviço permanente. Colaborou com os emigrantes na legalização das suas “Carteiras de Residência” e na obtenção de mais de 22.000 postos de trabalho. Junto das autoridades judiciais e policiais francesas defendeu os emigrantes portugueses no sentido de serem minoradas as suas penas.
Em Londres, para onde foi em 1988, editou a “Folhinha Portuguesa”, seguindo o lema «unir vontades para conjugar esforços». Na sua actividade privilegiou os sectores da cultura e recreio, a acção sócio-caritativa, a pastoral da saúde, o serviço de entre-ajuda. Procurou estabelecer a ponte entre a Igreja e o mundo operário e empenhou-se na preservação da língua portuguesa e dos usos e costumes tradicionais.
Entre 1978 e 1988 foi, primeiro, pároco de Figueiredo, no arciprestado de Braga, e depois, também de Celeiros e Vimieiro. Em 10 de Junho de 1994 o então Presidente da República, Mário Soares, conferiu-lhe o grau de Comendador da Ordem do Mérito.
Cinco anos depois, em 16 de Dezembro de 1997, João Paulo II agregou-o ao conjunto dos seus capelães com o título de Monsenhor.
Com Diário do Minho